domingo, maio 16, 2010

"APENAS 17"


 Dias de Cursinho - 17 anos

Sugiro a leitura deste texto com as músicas dos vídeos anexados á ele rolando e se puderem, ouçam á todas - Eram as minhas preferidas com 17 anos e sei que vão incrementar mais intensidade ás minhas palavras.

Também peço perdão pelos eventuais erros de portugues, mas acabei de tomar mais de meia garrafa de vinho em um gole, que havia sobrado do delicioso jantar que fiz para minha namorada e vou usar para conter a tão intensa nostalgia que me assolou estes ultimos dois dias, mesmo que tudo o que tenha me ocorrido não esteja aqui... Savi?

17 Anos... Não há uma idade que eu sinta mais falta do que esta. Qual é minha idade hoje mesmo?
A idade em que eu ainda descobria muitas coisas, um dos ultimos anos em que eu ainda tinha as pernas bambeadas e um intenso frio na barriga quando estava prestes a descobrir alguma coisa nova. Sinto muita saudade das sensações que tinha quando estava agregando novas experiências á minha vida, era a fase de expandir minhas fronteiras, de experimentar tudo o que havia de mais exótico.
Foi tão marcante os 17, pq estava na iminência de tirar a carteira de motorista... Era a fase do "quase" ao invés do "conquistado"... Eu já tinha terminado a escola, era o cara "descolado do "cursinho" com as pulseiras brincos e colares, o boné da Vans e o moletom preto de capuz, tava cheio de planos para "quando fosse ter meu carro e a carteira de motorista", já tinha uma certa experiência sexual mas não tinha vergonha de experimentar algo a mais com as mulheres que passaram em minha vida (além do que eu já não tinha mais vergonha - Era um cretino cara de pau - e tinha uma certa lábia), tinha meus irmãos-amigos com os quais fazia os planos mais mirabolantes do mundo sobre nossas futuras aventuras viajando de van pelo litoral do Brasil pra fazer cagada e "caçar a mulheraada'' (Piorr!).
Sabia que existiam sempre novas coisas á descobrir (sei ainda que descubro novidades todos os dias, mas não existe mais toda aquela emoção) e que eu não sabia ainda de tudo (mesmo sabendo um pouco mais do que meus amigos - Graças ao meu pai que me ensinou a ter ousadia e atitude em tudo na vida).
Eu tinha medo de crescer, de ficar velho e morrer aos poucos sem ter provado de tudo o que poderia antes de tomar novas responsabilidades na vida, pensamento pelo qual hoje, eu dou graças a Deus porque de fato, fiz coisas inacreditáveis sozinho, acompanhado ou com meus amigos para quem tem 17 anos.
Com apenas 17 anos eu não podia dirigir e não controlava de todo minha liberdade emocional, financeira e de fato, mas planejava o que fazer quando pudesse. Saía a pé com meus amigos ou de bicicleta, mas pode crer era sempre mais divertido do que de carro já que conversávamos mais porque os passos rendiam mais tempo do que as milhas rodadas com o carro. 
Era a fase Punk de ouvir Green Day, Blink 182 ou P.O.D mas eram músicas que viravam para nós praticamente Hinos (mais ainda para mim)... Nos espelhávamos nas babaquices que aconteciam no American Pie (Só nos 3 primeiros q foram os melhores elencos!!) ou em Manobras Radicais (Grind!) porque os caras faziam o que queriam na hora que queriam. A gente achava que faculdade era uma putaria louca e que ia viver com o sangue cheio de álcool... Achávamos que fumar era "cool" e que ser canalha com as mulheres tava na moda  - Pobres de nós.
Nós éramos "o futuro da nação" e iríamos percorrer de costa á costa (sei lá com que tempo ou dinheiro) toda a distância com uma Van e um sofá na traseira (Dá-lhe Graande Sweet Lou!). Travávamos grandes batalhas pelo computador jogando CS ou apostávamos coisas (que certamente não posso dizer aqui) com vira-vira de Grand Par (o PIOR whiskye do mundo!). Caminhávamos pela cidade de madrugada (os donos da rua) para caçar flores para jogar aos nossos amores, sentávamos na área de casa pra olhar as estrelas e conversar, voltávamos a pé depois da balada e mesmo cansados fazíamos daquela longa caminhada as melhores horas da noite.
De tudo o que vivi durante a minha adolecencia, o que mais sinto falta hoje é de sentir frio na barriga por saber que estava prestes a passar por uma experiência nova... Nada mais me assombra, nada mais me dá aqueles nós na garganta que costumavam dar... Claro que falo isso em determinados aspectos e experiências da minha vida (pois sei que serei um eterno aprendiz), mas os beijos, o ato de amor... Não são mais uma novidade ou uma coisa que eu sinta aquela tremenda "necessidade" que sentia com 17 anos. Não me importam mais as quantidades de beijos, de atos de amor ou de sexo ou de mulheres, me importam a qualidade com que são realizados ou intensificados - Deixei para trás aquele sentimento de que "não podia morrer virgem" (ainda bem que não falei com qntos anos perdi a virgindade - nas palavras do felipe "Filho da mãe sortudo - Hehehe). 
Me acostumei com as pernas bambas e os suspiros profundos dos multi-orgasmos, me acostumei com os beijos ou com os momentos de pré-ato (em que hoje faço piadas enquanto tiro a roupa), me acostumei com os olhares e suspiros, o calor e o suor... Não me abalo mais pelos momentos, não me sinto mais inseguro... E é um pouco disso que sinto falta, de sentir medo, digo, insegurança.
A paixão hoje é paz e plenitude, é constante e controlada, não é novidade ou indisvendável... É controlável, mas sei que isso é o que há de maior normalidade na vida... As coisas e sentimentos se acomodam com o tempo, na qual acumulamos as experiências e deixamos de nos surpreender por algo que já passamos e pode crer, passei por muita coisa pelo que já fiz, sozinho ou com meus amigos amalucados.
Sinto saudade dos meus 17 anos, porque foi lá que me lembro ter sentido insegurança pra valer pela ultima vez, era lá que eu ainda mantinha os últimos traços da minha ingenuidade e pureza. Foi com 17 anos que eu desejei ser mais velho, em que eu planejei o depois sem viver MESMO e intensamente meus 17, foi com essa idade que eu queria superar meu primeiro grande amor e me esqueci de dar tempo e importância para mim mesmo... É com essa idade que eu sinto saudade de ter, porque foi com ela, mesmo que tenha sido aproveitada em grande parte de seus momentos, que sinto uma grande defazagem do que eu realmente poderia ter feito e sido.
Eu me sentia realmente VIVO sem ter tantas responsabilidades e experiências... Taí a grande desavença do conhecimento, ele nos limita em certo ponto ao que já é conhecido, traz serenidade, mas tira aquela "verdadeira emoção" que vem com a descoberta... Você começa a prever para se precaver, mas se esquiva inconscientemente de se surpreender já não dá mais pra "voar" na emoção.

Saúdo aos 17 anos! Ê idade gostosa que deixa saudades!

E você, quem é com seus 17 anos?

Seguem os Hinos:

"O" Hino PUNK

"O" Tema da primeira Paixão da minha vida:

A meta "mor" da pentelhice:
 

A Letra da Saudade:

O porque de aproveitar cada momento como se este fosse sagrado:

Protesto da minha Juventude:

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