terça-feira, junho 15, 2010

"WAL MART FRANCA"


O que me pareceu ontem quase que por completo um recinto de podridão.
Frequento diariamente este hipermercado na cidade de Franca, mas diferente de qualquer outra loja da mesma rede, aqui, eu fico horrorizado com os funcionários.
Começo pelo serviço deficiente de quase a totalidade dos setores da loja. É absolutamente visível que existe carência de mais e novos funcionários e é claro, de um treinamento INTENSIVO de educação, cortesia, tratamento e profissionalismo de todos eles, desde os caixas aos gerentes da loja.
Sempre tive grande admiração pela bandeira Wal Mart graças aos textos disseminados na rede desde o começo da década de autoria do seu criador Sam Walton que de muito bom grado, anexo abaixo antes da conclusão de minha crítica como cliente:

" Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.
Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.
Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.
Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera.
Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.
Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas.
Engana-se.
Sabe quem eu sou??? EU SOU O CLIENTE QUE NUNCA MAIS VOLTA!!!
Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua firma.
Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenasa pequena gentileza, tão barata, de me enviar um pouco mais de CORTESIA".
"CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA, DO ALTO EXECUTIVO PARA BAIXO, SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR."

Sam Walton

Ao meu ver, estes deficientes profissionais que integram esta tão forte bandeira aqui na cidade de FRANCA, estado de São Paulo não entendem que a essência de sua empresa e a grandeza do seu trabalho, está na segurança, cortesia e educação com a qual tratam seus clientes, cada um deles, seja para ouvirem críticas, seja para serem elogiados. Parece-me aqui que eles fugiram dos princípios da própria empresa.
Particularmente, aprendi desde cedo que críticas são sempre construtivas, mas que todas dependem de nosso ponto de vista particular para absorvê-las e nos aprimorarmos. Agora vou lhes explicar o porque de tamanha indignação da minha parte com a gerência do Wal Mart - Franca.
Diariamente eu estou aqui dentro, almoço, uso seus banheiros, faço o meu próprio serviço. Aqui dentro, como cliente eu vejo a falta de cultura e etiqueta que os funcionários tem durante seu trabalho... Caminho entre os corredores escolhendo meus produtos ouvindo altíssimas conversas sobre "a garota que eu comi ontem a noite na Expo-agro", ou "eu ficar muito locão mesmo lá na festa do Nobre". As conversas sobre "aonde colocar os produtos, a diferença dos preços e a indignação com a gerência (regada á palavras de baixo escalão)" dizem respeito á todos os clientes que circulam entre os corredores da loja.

Mas verdadeiro problema foi o de ontem, dia 14/06/2010.

Espera-se de funcionários jovens este tipo de tratamento ou palavredo, mas não de um gerente, não de tamanha falta de educação e tratamento com um cliente. Ontem encontramos um segundo escorpião amarelo (Tityus serrulatus) dentro dos corredores do Wal Mart no andar inferior. Ainda vivo, nós o afixamos em um cartão com fita adesiva e levamos até a gerência para avisar, e perguntar sobre as medidas que haviam sido tomadas. Pessoalmente, eu levei este cartão... Educadamente, perguntei ao rapaz (gerente) de plantão ontem a tarde, sobre a dedetização do prédio, e de que em menos de 2 meses, era o segundo escorpião que nos aparecia por aqui. Pois bem, pacientemente ouvi dele que todos os documentos que comprovam que havia sido feita uma dedetização intensiva no prédio estão á disposição de quem quiser (agora porque não há plaquinhas á vista comprovando o serviço de dedetização disposta em obrigatoriedade na Lei nº 2001, de 29 de Abril de 1992, que estabelece a obrigatoriedade do controle de vetores e pragas nos estabelecimentos que de alguma forma lidem com produtos alimentícios, para garantir a saúde publica - Mais o Decreto nº 37926 de 06/07/05 da ANVISA), de que aqui é área de foco e que ele não pode fazer mais nada pois "nossa parte nós já fizemos".
O que me intriga, é como uma pessoa num cargo de gerência usa em uma frase as palavras "nossa parte nós fizemos" para um cliente. Não satisfeito com a pobre explicação sobre a erradicação dos escorpiões, liguei na vigilância sanitária E em duas empresas de dedetização da cidade de Franca, onde ambos os três órgãos me confirmaram que não há um veneno suficientemente eficiente para matar os escorpiões, e que sua total erradicação se dá por métodos preventivos simples.
A própria vigilância sanitária se dispôs a dar treinamento gratuito ao setor de limpeza do Wal Mart - Franca em prol da erradicação da praga (método extremamente mais barato ao supermercado do que ter de pagar uma dedetização que pode não estar sanando o problema e esfregar na cara de um cliente de que "eu sou assim mesmo e meu trabalho estou fazendo" - fato que logo será explicado).
Em seguida, voltei a me contatar com órgãos do Wal Mart, agora por telefone, procurando o mesmo funcionário, para que pudesse lhe propor esta idéia. A princípio falei com a nova diretora que muito prontamente e extremamente solícita me atendeu, mas me repassou ao mesmo funcionário (gerente), por se tratar esta de uma de suas funções.
No instante em que me apresentei e disse ter falado com a vigilância sanitária ele literalmente "vomitou" explicações sobre as duas empresas das quais trabalha com a erradicação de pragas, que estas mesmas lhe garantiram que os venenos despejados por eles matariam qualquer tipo de pragas inclusive escorpiões, de que ele estava fazendo o seu trabalho e que aquela era a maneira com que ele falava mesmo.
Bom, liguei como cliente que admira a bandeira Wal Mart, liguei como uma pessoa que utiliza seus serviços, desde os emporcalhados banheiros que são higienizados apenas uma vez a cada dois dias, sejam os dos andares de baixo quanto os do de cima, seja na compra dos seus produtos como consumidor, seja nas refeições quase que diárias, etc.
Mas ouvi de um profissional, de um homem com atitude imatura e nada profissional ou cortês de que aquela "era a sua maneira de falar", de que estava fazendo o seu trabalho. Infelizmente, entro em consenso com um de meus clientes, Juiz da vara civil de Osasco, também cliente o Wal Mart Franca, de que a cortesia e educação no treinamento de alguns funcionários da loja, inclusive da gerência (a mesma que perguntou ao Juiz quando este fez uma reclamação TAMBÉM DA HIGIENE DA LOJA "-quem é você para me dizer que os congelados estão emporcalhados?") - Bom, pois eu respondo e muito provavelmente para o mesmo profissional que disse estas palavras ao meu colega, o mesmo que ontem de forma tão esdrúxula, me tratou não como cliente mas como o próprio "lixo" do qual ele integra em sua tão pessoal existência.
Hoje, eu acordei me perguntando como este funcionário trata diáriamente seus subordinados, se os clientes que acrescentam frutos ao seu salário, ao seu trabalho, são tratados desta maneira.
Aprendi muito cedo com um grande homem de que autoridade não é ser chulo e sim firme e cortês, mas é uma pena que o mesmo profissional não tenha tido a humildade de ser aprendiz e nem de se aprimorar para ocupar um cargo que certamente sei que poderia ser mais bem produtivo nas mãos de uma pessoa sensata.

Escrevo como cliente que quis ajudar ao invés de criticar, absolutamente indignado com a recepção recebida de uma pessoa que teoricamente deveria ter ouvidos com humildade, para que pudesse por si mesmo ser melhor a cada dia.

Aí vai uma indicação de Documentário feita pelo grande BAÚ que eu desconhecia... Ainda não assisti, mas já anexo pra galera:

O Wal-Mart: O Custo Alto do Preço Baixo - Wal-Mart: The High Cost of Low Price (2005 )
(EUA, 2005, 95min. - Direção: Robert Greenwald)


O documentário mostra de que forma o Wall-Mart destrói o comércio local vendendo produtos fabricados com exploração de mão-de-obra na China. Conta com relatos pessoais de comerciantes que tiveram que fechar suas lojas devido a concorrência desleal.
O filme mostra centro de cidades que se tornaram fantasmas por ter todo o seu comércio fechado, e há também relatos dos próprios vendedores e trabalhadores do Wall-Mart, que devido ao baixíssimo salário, são obrigados a depender de ajuda governamental para sobreviver.

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