quinta-feira, agosto 25, 2011

"Como se fabricam marginais em nosso país"





Um dos MELHORES videos que vi na vida para retratar realidade popular aquém do que vimos na tão corrupta "mídia corporativista burguesa".

Furtei lá da Vaca do Demonho.
Boa Zambia.

sábado, agosto 20, 2011

"AS GENTILEZAS PARECEM ESTAR MORRENDO"




As gentilezas parecem estar morrendo.

A mesa tem virado nessas ultimas gerações... Não se trocam mais boas vindas e gentilezas como se faziam quando eu era pequeno. Lembro-me de que desde sempre aprendi que era um DEVER trocar boas palavras com as pessoas. Todas as manhãs deveriam ser premiadas com um generoso “bom dia”, ou que melhor, o desejo durante todo o dia fosse o de “bom dia”. Que deveria saudar os mais velhos com preferências e “senhorio”, em qualquer situação, mesmo que estivesse em alguns momentos absurdamente errados.
Não posso dizer que fui educado no cabresto... Longe disso, nós três, minhas irmãs e eu só apanhávamos em casos realmente extremos, onde era preciso aprender com um verdadeiro choque. Fomos orientados a vida toda a aprender rapidamente, a nos inundar de respeito pelas coisas, pelas pessoas e pelas coisas das pessoas. Sabíamos perfeitamente quais eram nossos limites e mesmo que ousadamente experimentávamos um pouco mais além do que o permitido nos enchíamos de culpa posteriormente sabendo que o quer fizemos foi errado.

Escrevo sobre isso porque sinceramente me preocupo. Sei bem o que eu quero, sei bem como tratar as pessoas mesmo que não seja bem tratado... Já tenho, portanto minha personalidade e caráter formado. Mas minha preocupação na verdade é com a perpetuidade deste problema nas próximas gerações, com o mundo onde meus filhos virão a viver. Imagino que até lá, se continuarmos a seguir este curso de educação e orientação, não existirá qualquer respeito pelos valores de educação e etiqueta, que as pessoas literalmente irão se atropelar por um pouco de espaço fazendo com que até a mais simples das tarefas seja de mal grado pouco prazerosa.

Meu exemplo é na verdade uma infinidade enorme de situações, mas o impulso em começar a escrever foi na Rodoviária de Ribeirão Preto esta manhã... Na verdade, tenho adiado demais uma infinidade de temas  que me inspiram dentro deste complexo, mas desta vez não me escapou. Aguardando meu ônibus hoje, sentei em frente á um café e fiquei observando as funcionárias... A começar por suas carinhas de mal encaradas, insatisfeitas e infelizes pelo trabalho simples que exercem. Pouco saem de trás do balcão, mesmo que predominantemente o movimento seja notavelmente fraco. Mas entendi ao perceber quando saíam qual era o tamanho desânimo... Buscar os copos e canecas usados em cada uma das mesas correspondentes do café.

Bom, aqui estou eu escrevendo enquanto uma delas limpa a mesa onde me sentei... O bom dia passou em vão, como PALAVRA JOGADA A O VENTO, tanto quanto, tenho certeza de que o obrigado será.
De fato. Obrigado ignorado... Limpeza da mesa durou cerca de 3 minutos sem sequer uma palavra ou gentileza trocada. Me entristece, me preocupa porque, coitadinha... Ela não sabe de nada.
O mesmo se repete dentro do ônibus. Mesmo com a maior das gentilezas, parece-me que as pessoas realmente não estão aptas a entender do que se trata. Fiz questão de ajudar uma mulher com a perna machucada, levantei para que a passageira ao meu lado pudesse entrar e mesmo assim, ainda não recebi nenhum “obrigado” ou “bom dia”. Preocupante.

"A ESPERA DE HOJE"




Acho que todos aqueles meses de abstinência estão batendo agora... Hoje eu to pegando fogo pra escrever! (pudera).

Deve ser a musica e o tempo de espera sem fazer nada... Sem wireless pra procrastinar aqui não tem jeito... O negócio é ficar pensando, divagando sobre tudo e nada. Talvez a musica ajude, de Across de Universe pulou pra Adele gritada e apaixonada aqui no ouvido.

Momento de correria geral aqui... Fico pensando em todos que passam. Em um ou outro momento nós todos realmente temos muita pressa... Tendência é claro que está aumentando na era da velocidade de informação.

Já imaginaram as rodoviárias nos anos 90? Sem Notebook, sem Internet? Era muito salgadinho e revistinha pra passar o tempo. Mp3 e fone de ouvido? Era artigo de luxo alguém ter um Walkman em fita (Sim, eu cheguei a vê-los), Cd player? Era revolucionário. Hoje todo mundo corre, os fluxos são maiores, mais gente, mais tarefas, mais pressa, mais fome, mais oportunidade e aparelhos. Miscigenou as classes e gerações em uma só grande nação: A do cidadão.

É notável quem está passando por aqui e tem muito dinheiro, quem tem muito pouco, quem vai pra lá ou vem dali, mas está todo mundo utilizando o mesmo serviço, todos juntos. Fui abordado agora por um paraibano (sei porque perguntei) que não sabia sequer onde é que ele arranjava o cartãozinho pra passar pela catraca. E catraca então? Nunca tinha visto... Deve ser do interior. Isso ainda na rodoviária.

Daqui a pouco tempo será nos aeroportos que certamente já demonstram uma realidade muito diferente da de 18 anos atrás? Imaginem que os Tickets não eram sequer fabricados no Brasil? Eram importados dos EUA em papel moeda, certificando o valor e qualidade do “serviço”, comprado por telefone pelo agente de viagem em altos custos de logística, Extremamente elitizado. Hoje, qualquer um acessa e compra na internet, imprime a folha na hora e para os mais sábios, ainda existe a busca pelo agente de viagem, mas tudo é instantâneo, a escolha do voo, rota e assento.

Não me importo nem um pouco de ter praticidade e facilidade ás mãos. Sou nostálgico assumido,  mas convenhamos, vivemos em busca dos momentos de lazer, mesmo que estes sejam na transição das obrigações. Então, o que ajuda, não atrapalha... Não é?
Ah, viva essa geração morbidamente facilitada pela tecnologia! E até mais pra todos... Estou indo pra CASA DA MAMA e se bobear perco o buzão!

FUI.

quarta-feira, agosto 10, 2011

"PREFÁCIO DO QUE NÃO HÁ A SER"

Como eu faço quando sem querer rola aquela troca de olhares? A vontade entra na mente e debaixo da pele. Eu entendo que rola carinho naquele olhar, que existe um certo sentimento de curiosidade, de desejo. Tudo o que a gente precisa mesmo é saber que não há nada que não se possa fazer, nada que não se possa ter. Fica assim provado de que quando menos se espera a vontade se cruza com destino e forma a realidade.

É fácil entender que tudo o que buscamos é amor... Como disseram sabiamente os Beatles, "Love is all you need". É fácil entender isso, porque no fim o que realmente buscamos é amor e aprovação.
Não importam os laços, quando ou com quem, é mais sábio não fugir de alguém quando há amor... Ou, uma curiosa vontade de desvendar e experimentar porque ali dentro e no fundo, você sabe pelo olhar qual é o sentimento e a vontade do outro.

Volto a dizer, acho que hoje meu coração ta me mandando conspirar contra um namoro... Parar de ficar sentado sozinho na sacada imaginando o que seria tê-la ao meu lado, calado, trocando olhares.
Sentindo a delícia do silêncio da madrugada, o vento, a chuva fina, o toque da pele.


Oportuno é o momento em que começo a me apaixonar novamente.

segunda-feira, agosto 08, 2011

"ÍNTIMO"



Eu não me lembro de ter visto um filme que mexeu tanto comigo quanto ao que assisti hoje a noite. Por acaso hoje não conseguia dormir... Liguei a tv e comecei a assistir ENTRE LENÇÓIS pela metade.
Reynaldo Gianecchini e Paola Oliveira têm cada um seus problemas e um grande desfecho nas suas vidas, o fim e o início de um casamento, vindo a passar uma noite dentro de um quarto de Motel conversando com sinceridade e sem reservas, sem a intenção de se apaixonarem.

Me peguei emocionar pelo conceito e pelo frutífero vel de lembranças que foram me ocorrendo durante o filme. Sempre fui romântico, sempre me ative aos detalhes emocionais e a linguagem corporal das mulheres que amei, tentando entender com clareza o que amavam e o que lhes incomodava. Eu sempre me dediquei e sempre me esforcei para notar.

Lembrei de tantas coisas, de tantos momentos diferentes com elas, por quem me apaixonei... Percebo que definitivamente nós não nos desligamos das boas lembranças, do carinho e respeito que fica pois elas sobrevivem até ás piores das separações. Os laços não se rompem, mantêm-se mesmo depois de anos, frágeis como fios, adormecidos, mas existentes.

Penso hoje que talvez ainda não tenha experimentado um patamar superior de "estar apaixonado", aquela fúria intensa do sentimento, a certeza do que querer seguida pela insegurança do perder. Posso ter me enferrujado em sentir hoje a intensidade das paixões que tive, em talvez relembrar o quanto e se foram realmente intensas, mas talvez seja assim porque nunca me apaixonei de verdade... Eu acho que me lembraria mais do sentimento.

Não me frustro, não tenho cicatrizes... É uma via de dois lados, sentir um vazio no peito querendo provar de algo intenso e incerto, mas feliz por ter expectativas de ainda o tê-lo e certeza de não ter me desperdiçado a vida agarrado á um sentimento frágil. Amor se constrói diariamente e com o tempo, com o carinho e respeito adquiridos em uma história de avassaladora paixão... Ou, de uma forte paixão apenas. Não me agarraria á um comodismo, a uma mulher "troféu" simplesmente pelo fato de não ficar sozinho ou porque fico mais bonito ao lado dela.

Eu só viveria feliz estando seguro de estar feliz.

Lembro-me de pintar corações de guache em várias ruas da cidade de madrugada, esperando que sua dona os notasse pela manhã, de roubar flores na calada da noite e colocá-las estrategicamente em posições de destaque para que fossem a primeira coisa a serem admiradas no dia seguinte. 
Era a vontade de iluminar o que me iluminava a vida, de esclarecer o sentimento. gritar, expor pro mundo!

Vejo hoje que as coisas se medem pela más e boas situações, pois se tudo dependesse apenas de carinhos bens elaborados, eu estaria com alguma destas mulheres. 

Temos que saber transpor os problemas e brigas juntos, suportar as desventuras um pelo outro, amar intensamente na "felicidade e na tristeza", pois se algo não sobrevive a isto, se faltar esse tipo de doação tão particular, mesmo que acabe retornando várias e várias vezes depois, bom...  Carinho não é amor e insistir nisto é pelejar para ser feliz. 

Temo que seja um modo de  não aceitar a real possibilidade de se entregar para uma paixão futura e verdadeira com todas as suas forças... É roubar de si o direito de ser verdadeiramente "feliz para sempre" com o comodismo de ser "feliz hoje", mas com ressalvas, simplesmente porque está bom.

Sinto falta muitas vezes de estar com alguém, de fazer as infantis e infundadas loucuras que os pais tanto desgostam, mas que as filhas se derretem na manhã seguinte. 

Não me importo de parecer bobo ou inoportuno para a vizinhança se ao menos pela sombra de um momento, toda aquela dedicação der certo, de ver o resultado no esboço do sorriso.

Sinto saudade de planejar as loucuras, de pedir ajuda aos amigos, de participar daquilo com emoção no peito de ser flagrado, do triunfo de ter dado certo, da expectativa do dia seguinte para ver o resultado, esperando pela ligação, visita ou SMS. Se apaixonar é bom, renovar este sentimento ás vezes faz falta.

E você que me lê, "tu lê negro onde eu leio branco?", entende realmente tudo o que eu quero dizer, da importância de saber que aquilo é paixão verdadeira, que o sexo não é só sexo, é amor?

Teu sentimento é forte e seguro? Se é aquele que você quer com todas as suas forças pelo resto da vida, hoje leitor, lhe dou meus parabéns pois você provou de algo que até hoje acho que desconheço.

C'est La vie.

quarta-feira, agosto 03, 2011

"EU ME INVADO DE SILÊNCIO"




Sempre prezei o fato de ser um excelente ouvinte, mas ás vezes percebo que esta qualidade me priva de conquistas, limita meu universo.
Nunca foi por medo deixar de falar qualquer coisa, mas o = sentimento é de ressalva, de melhor preparação. Gosto de medir os limites das pessoas e as respectivas situações em que me invado de silêncio, conhecê-las melhor, ouvir os detalhes, preferências, paixões, conselhos e experiências. Uma maneira discreta de colher frutos.
Mas se o fazer traz resultados, o não fazer também traz... O momento passa e fica meio que impossível tentar pescar alguma coisa do passado e repintá-la no presente, como se não tivesse passado, como se não tivesse sido esquecida.
Eu não me esqueço de muitas coisas que quis, mas me iludi em pensar que daria para esperar mais um pouco porque as vidas continuam a seguir, de cada uma das pessoas, e com elas vão embora as oportunidades. Algumas vezes foi assim no amor, outras em concursos ou prêmios, até em formaturas. O deixar de ir e experimentar é penoso a longo prazo, o sentimento de arrependimento ás vezes é grande.
Acho que a consequência disso é acabar me fechando, não por medo, mas pelo maldito comodismo. Mudar pra que se está bom?


Não faz sentido não mudar porque somente eu é quem posso me calar.
Esta é uma parcela tão pequena do meu mundo, pequena quanto este texto, mas que como um incômodo apêndice, não encaixa, fica sobrando e bem lá no fundo, incomodando.