segunda-feira, julho 05, 2010

"PALAVRAS AO VENTO"

 "Olha como você fala comigo"

É uma frase de muito efeito. 
Esses dias eu a li por alguns instantes e, analogicamente, minhas idéias com o que pensei ao lê-la se cruzaram com a de papéis picados jogados ao vento... Nós os picamos bem pequenos e ao invés de jogarmos no lixo e os soltamos ao vento sem nos dar conta de onde irão parar. Terão pequenos pedaços que cairão perfeitamente para alguém num momento em que precisa de informações, de um papel para envolver um chiclete ou anotar algo importante, ou, terão outros que poderão entupir bueiros, sujar as ruas, atrapalhar um motorista ou chatear alguém.
É como nossas palavras, todas devem ser mediadas, comedidas e não lançadas como os papéis ao vento á esmo, pois, sempre terão um fim, independente de onde o acaso as leve.
A internet neste ponto veio a ser em um grande número de situações o grande vilão, pois, não há maneiras de passarmos nossa emoção nas palavras digitadas (mesmo se contidas) ou nosso verdadeiro sentido como o faríamos se houvesse contato visual e direto. Tudo ficará vago quanto ao verdadeiro sentido do que está sendo falado, demonstrando o perigo de ser mal interpretado. Ela chega a ser uma afronta aos sentidos humanos e ao sentimento de amor ou amizade neste ponto, denegrindo até mesmo uma palavra em tom cômico, se a recepção da pessoa à mesma for de um sentido negativo, por isso, aprendi desde cedo que é absolutamente indevido que as conversas on line sejam sérias ou meios para os verdadeiros desfechos.
Mesmo assim, há um perigo contido nas relações interpessoais comuns na presença - do contato direto - se não mediarmos o que deveremos falar, sendo capazes até mesmo de acabar com amizades que perduram á anos, ou amores verdadeiros em poucas palavras, se no momento, formos movidos por nossas emoções e nos cegarmos sem conseguir que haja controle.

Já fui vítima e autor destas palavras em várias diferentes situações da minha vida... Já quis nunca me desculpar por elas. Mas foi um sábio homem quem me aconselhou quanto á isto, quanto á maior lição que ele teve em vida: "Aprenda a perdoar" [O.o] - Nunca prolongue um problema, nunca espere por uma discussão e não peça apenas desculpas, PERDOE, de coração leve e alma lavada.
Se for realmente necessário que seja conversado, que nunca seja por meio de uma discussão pois, "é superior aquele que se mantém controlado sobre qualquer problema", se mantém firme aquele que usa de sua razão com sabedoria e não se deixa controlar por provocações.
Confesso que devo me exercitar mais quanto á isso, pois sou de uma natureza explosiva (uma verdadeira BOMBA DE EMOÇÕES). Não sou violento, mas sou esquentado, e MUITO. 
Não gosto de ser provocado, mas se a provocação vier de alguém por quem (erroneamente) carrego antipatia, minha raiva sobe, o calor aumenta e a mão coça. Mas aquém do temperamento, eu carrego sempre esta lição com carinho na mente e aos poucos controlo a impulsividade, aos poucos me sou tomado por razão e esperança de que a alma pequena que vive de provocações um dia encontre a sabedoria que me foi devida e sinta-se em paz.

Obrigado Pai.

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