quarta-feira, setembro 30, 2009

"ELE É O CARA"


Um auto didata.

Com apenas 4 anos de idade improvisou uma tomada elétrica, sozinho.
Com 9 anos de idade sabia dirigir perfeitamente.
Que desde os 6 anos trabalha.
Um homem que se deve admirar.

Um homem que sabe o nome de todas as peças de um carro e suas determinadas funções, que só o leva ao mecânico por opção.

Um homem que aprendeu a fuçar no computador sozinho e desenvolveu um programa de assessoria de turismo e se tornou diretor de uma empresa.
Um homem que sem formação especializada, dá de dez a zero nos projetos e nos cálculos matemáticos de muito profissional formado por aí, não precisando contratar Engenheiros.

Um homem que sem dificuldade nenhuma, troca canos e conserta fiações, pinta paredes, constrói tetos, projeta idéias mirabolantes, se declara no microfone, manda flores "Só porque hoje é quarta feira", pilota motos, carros, caminhões e barcos com extrema maestria.

Um homem que com 19 anos, fez a escolha de sua vida, e se orgulha todos os dias por isso... E hoje, nos orgulhamos com ele e por ele.

Um homem, que sem terminar o segundo grau, construiu uma família, conquistou bens, criou filhos (que não deve ter sido fácil) e que cultiva, em torno de si mesmo uma imagem de herói.
Um homem, com histórias fantásticas, experiências entusiasmáticas e sabedoria inigualável.
Um homem que nunca abalou, nem se derrubou.
Uma rocha, um homem indomável.

Um homem, que sigo com prazer de fazê-lo, um homem que vejo com puro, pleno e constante orgulho.

Meu PAI,
O PODEROSO GILBERTO.

domingo, setembro 27, 2009

"AS MULHERES DA MINHA VIDA"


Desde que me conheço por gente, tenho um certo espírito de veneração para com as mulheres. Gosto muito de me perder em suas particularidades e encontrar em cada uma delas, mesmo que seja apenas uma coisinha singular que cada uma de vocês tem em especial. Amo o som de suas vozes, os cabelos ao vento, os olhares de canto de olho, os abraços receptivos, os sorrisos sinceros e as gargalhadas incontroláveis. Na infância, demostrava com uma pura timidez... Não sabia me aproximar, ou se me aproximava, me atrapalhava. Mas me lembro bem de que sempre tive alguém, desde sempre, que enxergava com um certo carinho especial, mesmo que fosse no prézinho, e me lembro de ser também tratado com um certo carinho em particular...
Me refiro á época do prézinho, porque nós, como crianças não temos aquela malícia pelo sexo oposto, é um tipo de sentimento de carinho muito puro... Quando fiz o pré-3, o fiz na escolinha Monteiro Lobato em Presidente Prudente - SP, em que tínhamos um parquinho de ferro sobre a areia no pátio, onde passávamos os intervalos.
Em um dia especial, eu me lembro que minha irmã (linda!) Ana Carolina, tinha eapontaneamente me dado um pacote de salgadinho Fandangos de Queijo (para quem não lembra, foi extinto em 1998, e tinha o pacote laranja claro) e me lembro de ela me olhar com o maior sorriso do mundo dizendo que o tinha ido comprar para meu recreio. Eu me incumbi de uma tremenda missão, comer aquele salgadinho! Hahaha! :D
Mas durante o intervalo, com 5 anos de idade, qual criança come quieta?

Eu fui brincar no parquinho, com o salgadinho na mão... Quando virei uma cambalhota é lógico que derrubei grande parte daquele salgadinho e comecei a chorar de desespero porque tinha derrubado o salgadinho que minha irmã me dera! Agora vocês vão entender porque as mulheres são tão especiais...
Naquela classe do pré três, éramos aproximadamente uns 12 alunos, mas nem sempre falamos com todos da nossa classe, certo?
Bem, Uma das meninas com quem eu nunca havia conversado, loirinha e magrela, a Jéssica veio me ajudar.
Ela dizia "Não chora! dá pra limpar olha!" e limpava os salgadinho na camiseta para que eu não chorasse e me dava na mão para comer.
Olhem, o sentimento de uma garota de 5 anos... Não é de se admirar? Claro que era um motivo banal, mas vá explicar isso pra um garoto emotivo de 5 anos! Rs! Desde aquele dia eu me pego pensando que toda mulher tem algo em particular, que provavelmente ninguem vá entender, ou que algumas pessoas não vão descobrir, mas que sempre está lá, esperando pra ser desvendado... É fantástico! No começo da adolescência eu fui me libertando dessa timidez e fui me aprofundando nesse mundo fantástico. Eu queria mais, conhecer mais... Na adolescência, percebi que grande parte das minhas amizades e junto com quem eu podia ser cada vez mais sincero era com as mulheres. É fantástico tamanha compreensão e carinho que vocês carregam dentro de si, agradeço pela vida que tive até hoje, recheada de momentos como os do prézinho... Dos mais simples, aos mais particulares.
Uns anos atrás, foi moda o livro do Código Da Vinci, onde me deparei pela primeira vez com o culto da Paidéia e do Paganismo, o culto ao feminino, á mulher.
Não sou um adepto da religião, mas me identifico com grande parte das idéias...
O que é verdadeiramente divino, está aqui conosco, vive e respira, procria, cuida.
Somos quem somos e o que somos, não só por nós, mas porque graças a vocês, mulheres que nos criam ou que crescem conosco, estão presentes aqui, em todos os lugares, todos os dias... Salve a vida deste hedonista que cresceu próximo á vocês, fantásticas mulheres!
Para os que não sabem, cresci com três mulheres em casa... O símbolo máximo do carinho e da doação, minha diva maior, minha Deusa, meu amor maior (Claro né mãe?!).
Minha irmã, companheira, comparsa e parceira, a rainha das teorias... Carol! E a doce Paula, a cabeça das brincadeiras, carinhosa de personalidade forte... Poderosa! Como, não ser um fã da figura feminina?
Seus beijos e sexualidade, seus carinhos, charmes e poderes...HA! esse sexxx Appeal, HA! Essas personalidades e complicações!
Havemos de convir, que até mesmo seus defeitos têm um certo charme hãn?

Que vocês sejam veneradas mulheres, por seus mistérios e charmes, poderosos, constantes e marcantes.
Amo todas vocês.
BONITAS!

Escrevo pela minha família, minhas amigas e meu eterno amor.

sexta-feira, setembro 25, 2009

"TITÃS - EPITÁFIO"



Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)

"PROBLEMAS DE ONTEM"

Pensando no lugar onde estou... Me lembrei agora, como nossos obstáculos se modificam, acho que até mesmo antes de transpô-los, mais rápido do que nos damos conta. Me lembro dos 4 anos de idade, e como era difícil boiar na água... Eu já sabia nadar, mas não sabia como boiar, parado na água. Me lembro do apartamento onde morava em São Paulo, quando tinha 7 anos, em que o que eu mais almejava na vida era conseguir pegar a toalha para secar minhas mãos, eu pensava "Quando eu crescer eu vou ficar mais alto que este apoio de toalhas na parede". Depois, aos 9, me lembro de me colocar como meta, recuperar uma nota ruim de matemática e nem me lembrar mais do problema da toalha. Quando comecei a competir no judô, era difícil e chato fazer todos os exercícios de treinamento e aquecimento, mas foram necessários para conquistar algumas medalhas de ouro. Treinamento e aquecimento, de corpo e mente. Ás vezes nos esquecemos disso... Julgamos algumas coisas pela facilidade como se apresentam a nós, mas esquecemos que é preciso treinar para nos aperfeiçoar e tentar atingir a perfeição. Hoje, não é mais um problema boiar na água, ou me esticar para alcançar a toalha, nem mesmo me preocupar com notas de matemática. Hoje, juridicamente, eu sou um homem, pleno dos meus direitos e deveres... E hoje, com 19 anos, eu me sinto maduro para estar nesta posição. Almejo, não ser um estudante de 19 anos, gosto de planejar mais além. Emocionalmente, me sinto preparado para planejamentos mais sérios de vida... Hoje, aos 19 anos, me sinto preparado emocionalmente para um casamento. Sinto desejo de ter filhos no futuro. Sinto, prazer em planejar e pensar... Me frustram as limitações da idade... Não que eu queira pular fases, mas acho que minha ambição emocional não acompanha a minha situação real de vida e isso me frustra. Eu quero mais, eu quero ter, eu quero viver o que quero. Então, vou treinar minha mente para conseguir o que almejo, quem sabe pensar assim, não me aquieta o peito?

Então, com paciência, vou ver meus obstáculos atuais ser substituídos por outros, muitos ou poucos, novos obstáculos de vida e me esquecer que um dia os problemas de hoje, foram problemas.

Que esteja então lançada a sorte.

terça-feira, setembro 15, 2009

"GERAÇÃO BRUNO"



Geração Guaraná Brahma, Guaraná Taí, Soda 7UP e Cherry Coke, Brinquedos Estrela, picolé Frutilly, chocolate Surpresa, moedas de Chocolate Pirata da PAN, balas de coca cola, e chicletes Ploc, Mini ou DinOvo!! Pirulito Chupeta, balas 7Belo ou Chita?! (Risos).
Eu assisti Smurfs, vi até o penúltimo capítulo de Caverna do Dragão, conheci as crises de Kevin em Anos Incríveis, assistia as loucuras do Mundo de Beakman, cresci com Chaves, Doug Funny, Cavaleiros do Zodíaco, SilverHawks, ThunderCats, Tartarugas Ninjas, He-Man e até mesmo joguei o video game do Atari!

Eu pedalei uma Caloi, joguei taco e futebol na rua, apertava a campainha e corria, lia incontáveis gibis da Turma da Mônica em tardes chuvosas em casa.

Me fantasiei de Power Ranger, Jiraia e Jiban... Usei tênis Dharma e chinelos Rider, tive um Squeeze de Sprite, comprei verduras e legumes na feira da cidade, brincava de imaginar mesmo quando não era pra brincar.

Na escola, ganhava peixinhos vivos de dia das crianças, subia em árvores e comia bolo de chocolate de forma (caseiro) envolto em papel alumínio nas festas de aniversário e fazia apresentações em homenagens ensaiadas aos meus pais nos dias deles.

Assistia Ghostbusters, O estranho mundo de Jack, Olha quem está falando, Querida encolhi as crianças, Os batutinhas, Os goonies e Dirty Dance.
Eu ouvia a voz de falsete da Angélica cantando "Vou de Taxi", o LP da Tv Colosso e as musicas da Sandy e Junior. Pensava que quando eu crescesse, gostaria de ser o Arnold Schwarzenegger!! (ás vezes o Stallone, pois era difícil decidir).
Comia Sucrilhos... Salgadinhos com textura de isopor, tomava Quisuco!
Tudo passou... Mas quer saber? Valeu a pena ver, pois tenho aqui dentro de mim, uma nostalgia gostosa dos tempos de infância, tempos de inocência, os tempos da minha Geração.
Assisti por estes dias uma palestra interessante, dizendo que existem pessoas nostálgicas (que vivem do passado) e ansiosas (vivem do futuro), mas que ambas se esquecem do presente. Acredito que "Presente", como diz seu nome, tem uma certa particularidade positiva a ser levada em conta, é algo que devamos nos alegrar.

Gostoso lembrar, uso esta "Nostalgia Perene" como canal para aquietar minhas nostalgias. Bom para mim que existe esse meu blog. Aproveito então, para me presentear com meu presente, depois de minhas postagens.


:)

quarta-feira, setembro 09, 2009

"BRINCAR DE LEMBRAR"



Voltei a falar com muitas pessoas que tinha perdido o contato há algum tempo atrás... Voltei a reviver alguns momentos e me lembrar de muitos outros.

Lembrar... Cada coisa boa, cada experiência gostosa, esta noite, eu comecei a brincar de lembrar:

Lembrei de nadar a esmo pelo lago do clube de campo, sem compromisso, durante a noite com meus amigos.
Lembrei que ia no Clube de campo de manhã de bicicleta e só voltava pra casa á noite.
Lembrei que sempre estava acompanhado de um irmão.
Lembrei de brincar de jogar os secos na piscina e de conversas sinceras deitado na bóia sobre a água no fim da tarde.

Lembrei de pixar a árvore (Único lugar que o fiz!).
Lembrei das novas belezas que aprendi a enxergar na faculdade.
Lembrei que existem sotaques de todos os lugares... E que tem gente que pula os R's das palavras.
Lembrei de viajar pro exterior.
Lembrei de comer num botequim que muitos não comeriam.
Lembrei que fiquei apavorado quando meu avô sofreu do coração.
E que para lhe dar forças, escrevi um cartão.
Lembrei que perdi meu outro avô muito cedo.
Sinto saudades dele... Lembro-me pouco.
Lembrei de me sentar no chão da árvore na madrugada com uma garrafa de JP para ter conversas românticas e "brincar" com a boca.

Lembrei, de não ter planos ou compromissos...

Lembrei que meus pais têm orgulho do que ouvem sobre mim.
Lembrei que sempre, só o que quis foi orgulhar.
Lembrei de usar uma cueca amarela.

Lembrei de fugir pra Ribeirão Preto fazendo loucuras.
Lembrei de cuidar dos meus amigos como se fossem meus filhos.
E que muitas vezes, fui tratado como pai por eles.
Lembrei de uma certa calcinha sexy que tirei.

Lembrei de perder a virgindade no escuro da garagem de uma casa.
Lembrei de esquecer minha carteira neste mesma garagem.
Lembrei que tomei um porre de vodka.
Lembrei de chorar no colo de uma amiga.
Lembrei de me apaixonar por esta mesma amiga.
Lembrei que voltei correndo do clube de campo até em casa, sem parar durante este porre.
Lembrei de tantas vezes que declarei amor... Amor aos meus amigos, ás minhas amigas e amantes.

Lembrei que recebi rosas no portão de casa.
Lembrei de sacanear muito o Felipe.
Lembrei que perdi um amigo em um acidente de carro.
Lembrei que uma vez disse que havia comido uma esfiha estragada ao invés de admitir que estava de porre.
Lembrei que meus amigos me deixaram caido na esquina da farmácia apo's esta bebedeira.
Lembrei que prometi nunca mais ficar bêbado... E de fato, nunca mais fiquei.
Lembrei que nunca usei nenhum tipo de droga.
Lembrei que tive uma amiga que foi embora pra Suiça... E que sinto falta dela.
Lembrei que abandonei.
Mas em contrapartida, também fui abandonado.
Lembrei que uma vez roubaram meu carro...
E me lembrei que em seguida conseguimos recuperá-lo.
Lembrei de colocar o colchão pra ver filme na sala com você, mas nunca paramos pra ver o filme.
Lembrei que sofri um acidente na estrada por culpa de um amigo inseguro.
Lembrei que senti pena da imaturidade deste rapaz.
Lembrei de algumas rapidinhas na sala de casa com o povo dormindo.
Lembrei de ensinar cada um dos mais novos a dirigir.

Lembrei, de mandar "bjos na bunda!" ao nos despedir de extensas conversas pelo msn.

Lembrei de cantar Eduardo e Mônica.
Lembrei de que cantaram musicas para mim.
E que mesmo desafinadas, elas eram lindas!
Lembrei que subi no muro incontáveis vezes para rezar por alguem.
Lembrei que conversei por telefone sobre o muro.
lembrei que aguardava excluso no estacionamento do supermercado por uma mulher.
Lembrei de dar cavalo de pau com a Quantum até estourar o freio de mão.
Lembrei que tramei planos mirabolantes.
Lembrei que ganhei uma festinha no McDonald's.
Lembrei que enterramos um Hammster no Clube de Campo.
Lembrei que fui invejado por não ter vergonha de fazer.
Lembrei que poucas vezes senti medo.
Lembrei de jogar truco no banheiro do cursinho antes mesmo de passar no vestibular.
Lembrei de estragar rolos de papel higiênico.
Lembrei de não conseguir dormir esperando o dia passar pra rever uma mulher.
Lembrei de deixar de dormir pra jogar computador com amigos.
Lembrei que ouvi algumas vezes que "eu estou molhada".
Lembrei que me lembrar disso me fazia bem.
Lembrei de dar tudo de mim para fazer uma pessoa feliz.
Lembrei que escondi fatos para poupar um amigo.
E que também contei verdades dolorosas para as pessoas certas.
lembrei que sofri consequências pelos meus atos.
Mas que nunca me arrependi de nenhum deles.
Lembrei de passar décadas na internet.
Lembrei de sair pra caminha nas ruas da cidade, sozinho na alta madrugada.
Lembrei que na ultima virada do ano estava APAVORADO.
Lembrei de ser um exibicionista em algums momentos.
Lembrei de comer comida japonesa no aniversário de namoro.
Lembrei de passear de moto em Ribeirão nos dias de vestibular.
Lembrei de passar horas nas ruas da cidade de madrugada pra desenhas corações de guache vermelho.
Lembrei de ter levado uma bronca pq estava desenhando os corações na rua.
Lembrei de desenhar os corações com o coração acelerado.
Lembrei tb de conquistar a simpatia do policial na rua pq era um desenho de amor.
Lembrei de ter escolhido um carro com meu pai em São Paulo.
Lembrei de ter jogado futebol a tarde.
Lembrei até de passar apuros por uma nota de matemática.
Lembrei de pensar que era um Power Ranger.
Lembrei de ser excluído pelos colegas na escola.
Lembrei de ser elogiado pelos professores.
Lembrei de não lembrar nada.
Lembrei de correr pelado na virada do ano pra comemorar uma nova fase.
Lembrei de me emocionar.
Lembrei que emocionei algumas pessoas.
Lembrei de consolar uma linda mulher que chorava assustada deitada nua na cama.
Lembrei que naquele instante a amei ainda mais.
Lembrei de viajar pra Pirassunuga só pra voltar em seguida.
Lembrei que tinha amigos de vela em alguns momentos.
Lembrei que fiquei de vela em alguns deles.
Lembrei que ajudei almas gêmeas a se encontrarem.
Lembrei que terminei relacionamentos de quem não tinha coragem de fazer.
Lembrei de fazer rally de bicicleta.
Lembrei de ir á chácara da namorada de amigos.
Lembrei que cozinhei para todos.
Lembrei que estraguei o prato que cozinhava.
Lembrei que fazia coisas obtusas embaixo do cobertor á tarde na casa de uma garota.
Lembrei de ver incontáveis amigos e amigas deitados, sentados e largados na sala da antiga casa em PF para conversar, sem hora pra levá-los pra casa.

Lembrei dos meus pais passarem os fins de semana fora ( HORA DE FESTA EM CASA!!!).

Lembrei de ir ás vezes na casa do vizinho Marquinhos pra sacanear meus amigos.
Lembrei de ser canalha.
Lembrei que sonhei muito e que muitos sonhos se realizaram.
Lembrei de pedir camas emprestadas.
Lembrei de mamilos escurecidos.
Lembrei de mamilos rosados.
Lembrei que meus amigos sempre deram o sangue por mim.
Lembrei que bati em algumas pessoas.
Lembrei que muitas vezes nem foram com os punhos.
Lembrei com pesar, que ás vezes nunca me desculpei por isso.
Lembrei que fiz pessoas sofrerem.
Lembrei que planejei muitas coisas (concretas!).
Lembrei que dormíamos em 10 na sala de casa, sem ninguem achar ruim.
Lembrei de usar uma cueca vermelha.
Lembrei de dizer amor sem sentir.

Mas lembrei de sentir sem dizer.

Lembrei de fazer amor algumas vezes.
Lembrei de fazer sexo muitas vezes.
Lembrei da Cacau passando a noite em casa comigo.
Lembrei de fazer amor quando acordei.
Lembrei também de fazer amor para dormir.

Lembrei até de ter dormido de conchinha algumas vezes.
Lembrei do seu corpo.

Lembrei do calor, da pele, do cheiro e da sexualidade.

Lembrei de sentir tesão...
Lembrei até de dar tesão.

Lembrei que cuidaram de mim qndo não podia levantar a cabeça de dor.

Lembrei de agradecê-la com uma certa particularidade.

E lembrei que quando tirei sua calcinha, era preta e fininha com um stras na frente (Aquele dia fui pego de Surpresa com repentina Sexualidade de quem eu não esperava).

Lembrei daquele amor no banheiro... Aquele supremo amor sem ato realizado, na sombra do começo de noite embaixo do chuveiro.

Lembrei do vestido cor-de-rosa e do dia do escondidinho (O melhor, de todos).

Lembrei do chocolate quente com Emmerson Nogueira... Me lembro, de AMAR.

Sim, lembro... e com MUITA saudade.


Mas que tremendo privilégio, poder LEMBRAR.

quinta-feira, setembro 03, 2009

"A FELICIDADE PODE DEMORAR"


Às vezes, as pessoas que amamos nos magoam e nada podemos fazer, senão continuar a nossa jornada com nosso coração machucado.
Às vezes nos falta esperança, mas alguém aparece para nos confortar.

Às vezes o amor nos machuca profundamente e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.
Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar; é nossa razão de existir.
Às vezes fazemos coisas não porque queremos, mas porque foi inevitável.

Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto; é a força da natureza nos chamando para a vida.
Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, a traíram sem qualquer piedade.
Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo.
E também entende que o que era para você amor, para outro era apenas amizade.
Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram, descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez e agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrantado.
Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu.
Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.
Aproveite ao máximo seus momentos de felicidade, quando menos esperamos iniciam-se períodos difíceis em nossas vidas.
Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso do que teria sido no passado.
Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário, existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar uma chance à vida para que ela coloque a pessoa certa em seu caminho.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem, como acontece com muitas pessoas que cruzam nosso caminho.
Que ela não seja, como é para estas pessoas uma perigosa "arma morna" (como disseram os Beatles), que esta seja, VERDADEIRA!

De Luiz Fernando Veríssimo - Editado.
Puro e Verdadeiro!

terça-feira, setembro 01, 2009

"TROVEJO INTERIOR"


Como disse Freud: "Se você se nega e nega alguma passagem de sua vida, cada uma destas negações voltam como doenças, dores ou neuroses".
Seguindo uma teoria explicada pela minha irmã Ana Carolina, que existem pessoas "Lua" e pessoas "Sol", de alma melancólica e positiva, respectivamente. Somos emocionalmente e energicamente opostos á ponto de que a união anula ambas as partes, trazendo desequilíbrio.
Os "Lua" são cobrados e os "Sol" depreciados na convivência, banalizando os sentimentos.
Pelas teorias de Nietzche: "os frutos do sofrimento criam grandes obras, principalmente filosóficas".
Levantei alguns questionamentos por estes dias após uma aula de filosofia introdutória na Faculdade:
Os pensamentos de Freud nos colocam em uma tremenda reflexão pois com nossos pensamentos individuais e nossos questionamentos interiores, somos responsáveis pelo curso do pensamento coletivo.
A vida e vivê-la, não é um vilão, não é um problema. Todos precisamos de auto-ajuda (o questionamento, o "filosofar" interior) diariamente, se nossa maneira de agir está correta, se nossas ações trazem a verdadeira acepção das respostas.
Muitas vezes, não devemos olhar o problema diretamente de frente e sim, nos utilizar de instrumentos para encará-lo, como por exemplo, Perseu (o "eu") e Medusa (fonte do problema), em que ele estava salvo do olhar mortal da Górgona pelo reflexo do escudo lustrado de Atena (Instrumento).

Muitas vezes, precisamos do "INSTRUMENTO" para transpor este grande problema que nos deparamos (livros, opniões, e até mesmo um espelho).
O equilíbrio individual reflete diretamente na sociedade, em nosso meio...Quando estamos bem, encontramos caminhos mais facilmente, ajudando o universal coletivo a encontrar a dignidade do equilíbrio.
Nós plantamos o bem, se o nosso indivudual está bem.
Para tanto, somos co-responsáveis por tudo o que acontece conosco e com os outros, pois construímos a concepção coletiva com nosso conjunto de concepções individuais. Cada ação pode construir ou destruir o conjunto da existência alheia, já que cada ação tem uma ressonância tamanha no âmbito emocional e factual.
O sofrimento pode não ser meu, mas eu tenho responsabilidade direta sobre ele... Se eu me mato, rompo inúmeras relações, destruo no íntimo, várias pessoas, como familiares e amigos.
Existe hoje uma banalização tão grande da existência coletiva, principalmente por programas de TV (especialmente os vespertinos que resolvem casos de família ou as atuais novelas), laboratórios médicos (fabricação de remédios) que estão deteriorando a interiorização psicológica individual, criando vícios, padronizando problemas e extinguindo o emocional com pouca ética.

Estamos trovejando no íntimo com excesso de informação e cobrança de todos os lados, de todas as pessoas que não encontramos nenhum outro caminho a não ser nos conformar e desistir, não agindo contra nada ou ninguém.
Guardamos mágoas, escondemos problemas e não nos comunicamos, afetando nosso modo de nos relacionar e tratar as pessoas... Vestimos máscaras ao avesso de nossa realidade emocional.


Baseado na tese: "A existência como doença" - Marcia Tiburi - Café Filosófico.