segunda-feira, novembro 21, 2011

"TIC TAC"



O começo desta semana foi marcado por reencontros. Foram intensas as situações em que matei a saudade de várias pessoas das quais mais prezo. A nostalgia de sábado com alguns dos meus melhores amigos foi espetacular e mesmo com uma infinidade de diferenças com o que já se foi, não deixou de ter um gosto bom de lembrança.

Mas a verdadeira solução veio ontem.
Durante a viagem de volta para Franca, pra iniciar essa semana torturante de provas, encontrei uma grande amiga que deixou nossa faculdade no primeiro ano do curso. A pequena sentava na minha frente e me fez perceber, durante aquele único ano juntos, de que é uma alma de grandezas extremas.
O reencontro foi delicioso. Matamos a curiosidade, dividimos frustrações, entendemos nossas realidades, rs.
De fato, conversamos do que foi, é e vai ser de nossas vidas. Do amor dos nossos pais e da estrutura familiar que temos, das nossas próprias cobranças, nossas indecisões e dúvidas, marcadas por apenas uma certeza: Não adianta planejar, porque a vida, tem de acontecer.
Tanto ela como eu, não nos víamos onde estávamos hoje, com nossas respectivas idades. Claro que não, éramos iludidos com sonhos jovens, pouco experientes. Nos vemos hoje mais constantes, talvez conformados, mas certamente preparados para o que a vida há de ser.
Nossos sonhos são iguais, nossas realidades parecidas.
Fiquei feliz com a conversa porque, percebi que não sou o único romântico esquecido no mundo e que, carregar esta qualidade, nem sempre é certeza de acerto e sucesso no jogo do amor. Conversamos sobre o atual namoro dela, das turbulências do começo, das surpresas de amor eventuais que o grande Henrique lhe lança, e os medos e incertezas que ela carregava.
Bom, enfim, nosso consenso foi de que as mulheres mais interessantes esperam que o homem ame e goste mais. Que são as mais difíceis de se alcançar, mas de que, depois que se abrem, são um oceano de amor. E é verdade... Vocês podem ter toda a dificuldade do mundo em confidenciar suas juras de amor, em elogiar e se abrirem, mas quando confiam plenamente no amor que possuem, não carregam mais estes bloqueios, se abrem enfim para a realidade de que, mesmo que esperem que o homem goste mais, são vocês, bombas emocionais quem mais amam, e que esperam enfim, serem amadas.
Os medos da distância e da saudade sempre vão existir, e isso é comum para todas as pessoas. Carregamos a incerteza dos acontecimentos e pessoas ao redor das que amamos e estão longe, mas confesso que a saudade e saudável e a confiança é essencial.
Em meu íntimo, eu sei que quando amo, eu amo com minha própria vida. Que não me existem barreiras para fazer ou descobrir nada pela pessoa que amo, mas que ao mesmo tempo, mantenho meu pé no chão e olhos críticos atentos para o que se deve ou não esperar. Eu sou de todo, inconstância e plenitude do amor, sofro, tenho saudades, tenho ciumes, sou humano... Mas sou seguro. Do que faço e de quem eu sou... Do que quero e do que será concretizado.
Eu realmente espero que nossas situações se acertem, que nossos amores sejam constante e nossos relacionamentos felizes, com todos os problemas, brigas e dúvidas que eles carregam, porque.... Qual seria a graça se os relacionamentos fossem só paz?


O tempo está passando, as verdades vão aparecendo, os fatos vão sendo analisados, os eixos se encontram, as interpretações se clareiam... No fim das contas, o que queremos então?

Tudo? Nada? Um ao outro? Outros?

Hahahahaha! Que delicia, saber e não saber. Amar e sofrer. Esperar e se decepcionar... Conquistar.

Eu quero muitas coisas, são todas simples aos meus olhos, todas alcançáveis e claras. Mas este sou eu.

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