quarta-feira, novembro 09, 2011

"REBELDES DO PASSADO"



Alguém ja se deu ao trabalho de notar se um médico, juiz, promotor ou advogado possuem um furo na orelha ou só eu?
Fico lá imaginando essas peças todas sérias no trabalho, impondo respeito mas que carregam consigo um pequeno e notável resquício de que um dia foram um pouco ou muito rebeldes. São os ex-rebeldes sem causa.
Hoje estava no prédio da Justiça Federal e comecei a notar... Me pergunto se deva ter sido a geração dos 70 e começo de 80 e as febres "neo punks" que eram moda na época, mas se não me falhou um, TODOS tinham furos esquecidos na orelha, alguns mais do que apenas um.
É a interpretação do behaviorismo. Todos se comportam hoje como homens sérios, engomados e "adultos"... Não levam mais aquelas marcas de rebeldes que levavam tão a sério, a têm hoje como uma fase que passou.
Talvez alguns deles pudessem ter o corpo completamente tatuado por baixo dos ternos, mas isso é outra história. O que demonstram em seu comportamento é a sede de se adequarem ao mundo em que vivem, talvez por comodidade, talvez por obrigação. Confesso que pessoalmente, me chegou um momento em que não tinha mais graça carregar pulseiras e colares, brincos e piercing's. A tatuagem carrego com carinho, mas ela é só minha, para mim.
Imaginar como devem ter sido, o que fizeram, como se tornaram os homens, adultos e profissionais que são hoje, todas as suas passagens e experiências, dilemas e aborrecimentos... É engraçado pensar. É curioso enxergar em um homem feito vestido de terno um detalhe tão cabal, mas que diz tanto sobre a pessoa.


É como olhar hoje para estes pseudo-ativistas da USP e imaginar que estes bonitinhos que mostram a carinha lavada na mídia brasileira não recebem o pulso necessário em casa... Aparecem sorrindo neste disparate contra o homem médio do país. Daí irão se ver daqui há alguns anos - os que entenderem que fazem parte da "corrupção do sistema corruptor do país" (drogados de merda) - e se envergonharem dos valores invertidos que tinham na juventude e dos atos precipitados que tomaram. Como pode um deles se orgulhar daqui há alguns anos da direta marginalidade que acometeram ás instalações da faculdade? 
Condenam a violência do país e a forma imperativa com que a polícia é obrigada a agir? 
Pois vejam que transgressores sempre serão transgressores. E neste momento, agiram tão somente como criminosos. De rostos tampados e sem limites ou respeito. Vejam:


Não existem motivos plausíveis para atos tão pouco inteligentes. E estes são a "nata" do nosso país.
Do "style" ao rebelde. Estes são floreiros e borrões que não se pode esquecer já que carregam estampado tão nitidamente na pele e na mente.

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