terça-feira, setembro 01, 2009

"TROVEJO INTERIOR"


Como disse Freud: "Se você se nega e nega alguma passagem de sua vida, cada uma destas negações voltam como doenças, dores ou neuroses".
Seguindo uma teoria explicada pela minha irmã Ana Carolina, que existem pessoas "Lua" e pessoas "Sol", de alma melancólica e positiva, respectivamente. Somos emocionalmente e energicamente opostos á ponto de que a união anula ambas as partes, trazendo desequilíbrio.
Os "Lua" são cobrados e os "Sol" depreciados na convivência, banalizando os sentimentos.
Pelas teorias de Nietzche: "os frutos do sofrimento criam grandes obras, principalmente filosóficas".
Levantei alguns questionamentos por estes dias após uma aula de filosofia introdutória na Faculdade:
Os pensamentos de Freud nos colocam em uma tremenda reflexão pois com nossos pensamentos individuais e nossos questionamentos interiores, somos responsáveis pelo curso do pensamento coletivo.
A vida e vivê-la, não é um vilão, não é um problema. Todos precisamos de auto-ajuda (o questionamento, o "filosofar" interior) diariamente, se nossa maneira de agir está correta, se nossas ações trazem a verdadeira acepção das respostas.
Muitas vezes, não devemos olhar o problema diretamente de frente e sim, nos utilizar de instrumentos para encará-lo, como por exemplo, Perseu (o "eu") e Medusa (fonte do problema), em que ele estava salvo do olhar mortal da Górgona pelo reflexo do escudo lustrado de Atena (Instrumento).

Muitas vezes, precisamos do "INSTRUMENTO" para transpor este grande problema que nos deparamos (livros, opniões, e até mesmo um espelho).
O equilíbrio individual reflete diretamente na sociedade, em nosso meio...Quando estamos bem, encontramos caminhos mais facilmente, ajudando o universal coletivo a encontrar a dignidade do equilíbrio.
Nós plantamos o bem, se o nosso indivudual está bem.
Para tanto, somos co-responsáveis por tudo o que acontece conosco e com os outros, pois construímos a concepção coletiva com nosso conjunto de concepções individuais. Cada ação pode construir ou destruir o conjunto da existência alheia, já que cada ação tem uma ressonância tamanha no âmbito emocional e factual.
O sofrimento pode não ser meu, mas eu tenho responsabilidade direta sobre ele... Se eu me mato, rompo inúmeras relações, destruo no íntimo, várias pessoas, como familiares e amigos.
Existe hoje uma banalização tão grande da existência coletiva, principalmente por programas de TV (especialmente os vespertinos que resolvem casos de família ou as atuais novelas), laboratórios médicos (fabricação de remédios) que estão deteriorando a interiorização psicológica individual, criando vícios, padronizando problemas e extinguindo o emocional com pouca ética.

Estamos trovejando no íntimo com excesso de informação e cobrança de todos os lados, de todas as pessoas que não encontramos nenhum outro caminho a não ser nos conformar e desistir, não agindo contra nada ou ninguém.
Guardamos mágoas, escondemos problemas e não nos comunicamos, afetando nosso modo de nos relacionar e tratar as pessoas... Vestimos máscaras ao avesso de nossa realidade emocional.


Baseado na tese: "A existência como doença" - Marcia Tiburi - Café Filosófico.

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