Sempre prezei o fato de ser um excelente ouvinte, mas ás vezes percebo que esta qualidade me priva de conquistas, limita meu universo.
Nunca foi por medo deixar de falar qualquer coisa, mas o = sentimento é de ressalva, de melhor preparação. Gosto de medir os limites das pessoas e as respectivas situações em que me invado de silêncio, conhecê-las melhor, ouvir os detalhes, preferências, paixões, conselhos e experiências. Uma maneira discreta de colher frutos.
Mas se o fazer traz resultados, o não fazer também traz... O momento passa e fica meio que impossível tentar pescar alguma coisa do passado e repintá-la no presente, como se não tivesse passado, como se não tivesse sido esquecida.
Eu não me esqueço de muitas coisas que quis, mas me iludi em pensar que daria para esperar mais um pouco porque as vidas continuam a seguir, de cada uma das pessoas, e com elas vão embora as oportunidades. Algumas vezes foi assim no amor, outras em concursos ou prêmios, até em formaturas. O deixar de ir e experimentar é penoso a longo prazo, o sentimento de arrependimento ás vezes é grande.
Acho que a consequência disso é acabar me fechando, não por medo, mas pelo maldito comodismo. Mudar pra que se está bom?
Não faz sentido não mudar porque somente eu é quem posso me calar.
Esta é uma parcela tão pequena do meu mundo, pequena quanto este texto, mas que como um incômodo apêndice, não encaixa, fica sobrando e bem lá no fundo, incomodando.
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