Sou nada e ninguém.
Posso me ater a uma infinidade de variantes, de planos e compromissos, mas no fim, não sei ao certo o que realmente está ao meu alcance. E o imprevisível?
Posso planejar minúcias de cada milimétrico detalhe, mas sempre vai existir o fator humano, a variante do inevitável e o não ser. Planejar é prever, saber agir e esperar o resultado que se pretende, mas seria uma tormenta passageira que me assola neste exato instante em pensar que o que quer que possa ter conquistado foi nada?
Me dei conta de que as pessoas esquecem, tanto as tritezas quanto os méritos. Em termos é claro... Lembramos de fatos marcantes, positivos e negativos, mas de quase nenhum deles guardamos detalhes importantes, palavras ou dados. Hoje ninguém mais comemora (nem mesmo eu) a classificação do vestibular, as palavras de amor trocadas com quemquer que tenha passado, passaram junto com o momento e sentimento, os jogos vencidos, o primeiro emprego, a carteira de motorista, a maioridade, o primeiro amor, enfim, as conquistas alcançadas. Tudo perde o brilho, o mérito que carregam quando são dominadas.
É triste estar em uma fase de inércia dessas conquistas e parar pra dar atenção ao fato de que passado é passado, não tem mais toda aquela graça. É fato que sou saudosista e nostálgico, mas nem a isso tenho mais me agarrado ultimamente e parando pra pensar, nem sei reconhecer quais foram os choques, os "traumas" que eu sofri pra parar de sentir os sabores e as emoções que sentia antes... Chato né?
Mas acho que crescer tem dessas coisas. Confesso que a minha maior saudade era do romance, da explosão do peito. E hoje, quem sou eu hein? O que eu tenho? To sentindo meio que... Vazio.
C'est la Vie companheiro.
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