Eu quero mesmo a sorte de um amor que não seja tranquilo.
Aquele amor bandido, aquela loucura, a batida rápida, palpitação no peito, o que tira o fôlego. "Um inferno e céu de todo dia" como diria o mestre Cazuza... Matar a monotonia, a mesmice e a rotina. Um furacão que destrói todos os alicerces, um amor que consiga me desmontar, me derrubar e levantar todo dia.
Um amor.
O poder da reciprocidade, da incerteza, da inconstância constante, daquele olhar profundo e poderoso, do silêncio e dos gritos. Uma tranquilidade com iminência de enlouquecer os incautos, um baque profundo de tediosa melodia.
Sim, estou ouvindo Todo amor que houver nesta vida.
Se a ferida foi cicatrizada? Ah. Minha mente aguenta... Minha mente quer e se alegra com a perspectiva.
Olhar e enxergar além das barreiras, com outros olhos aquela mulher de pura beleza e singularidade, meu ícone de sexualidade e atitude que docemente tem me acompanhado durante anos, a dona da constelação de estrelas no cotovelo, do cabelo curtinho, das pintas no corpo, do bom humor e da voz rouquinha.
Foi e é fonte, meu furacão, enlouquece minha mente.
Faz brotar loucuras. É o saber do não ser, é o jamais antes ter cogitado uma possibilidade tão simples e bela, do "porque raios não?". Eu quero, eu vou. Vou esperar a primeira troca de olhares regado á esta vontade, matar a sede na saliva, sentir o calor da pele, o alimento da alma de estar ali, no momento do laço de calor, de suor, de sabor. Morder seus lábios, conter a vontade e extravazar a saudade... Ouvir o suspiro, sentir o abraço.
Vontade de sentir, perto de mim, tão doce, singular beleza que me dá alegria em lembrar. De tanto tempo, com tanta vontade.
Ah essas tatuagens.
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