Eu estou nu, literalmente nu em meu mais íntimo e febril desespero.
Não conheço suas origens, mas é um sentimento tão forte e consumista que me traz á tona em proporções incalculavelmente pesadas até as formas de problemas mais banais. Coisas pequenas, tolas que sei como resolver tem me trazido um certo incômodo me tirando o ar.
Me sinto enclausurado, apertado, sufocado dentro da minha própria mente e pior, mesmo que eu conheça a saída e visualize a porta que me trará a solução, eu me impeço de transpassá-la... Me pergunto se estou me acovardando ou se estou somente me resguardando em busca de uma segurança psico-emocional maior.
Estou surpreso comigo mesmo, com o meu íntimo, com meus pensamentos e medos porque me dei conta de nunca ter sido assim. Eu me decidia facilmente e mesmo que tivesse uma batalha a travar para alcançar o êxito que almejava, eu não me deixava abalar. Será que é apenas uma fase de desestruturação emocional passageira ou eu estou mesmo me limitando e encontrando uma nova faceta que desconhecia?
Eu conheço o caminho sabe... Eu sei o que devo fazer mas alguma coisa me impede, pequena, escondida, frágil, algo que passa desapercebido pela minha percepção razoável e que aos poucos tem me corroído, me consumido as vontades e esperanças!
Me sinto diferente, falante, palhaço, aberto, bobo. Eu preferia meu silêncio, minha sensatez e controle absoluto das situações e pessoas. Naquele tempo eu não tinha o que temer, não precisava pedir ajuda, gritar por socorro e mesmo assim não querer ser socorrido. Eu quero meu silêncio, meu íntimo, o escuro que me amedronta e encarar cara a cara dentro do meu próprio tempo e compreender o que diabos está me causando estes calafrios arrebatadores, o que tem me tirado o sono.
Estou nu, no escuro de um corredor fortificado de portas abertas para um feixe de luz ao fundo, mas paralisado por um medo em me encaminhar para o primeiro passo.
Que diabos está acontecendo aqui?
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