Outono, tempo de nostalgias.
Me lembro de muitos outonos da minha vida, dos dias em que tinha grande ansiedade pela chegada das férias, uma época em que todas as minhas preocupações eram com notas de matemática. Lembro-me com muitas saudades das tardes nubladas de São Paulo, o vento leve e frio que carregava a poeira pelo chão e as folhas pelo ar.
Me lembro dos moletons e abrigos que usava, de algumas cores marcantes... Lembro-me do tão gélido frio no pé ao fim da tarde, e dos horários em que parava o meu mundo para assistir desenho de pijamas no sofá da sala. Me lembro dos bolinhos de chuva que minha mãe fazia, alguns poucos chocolates quentes e muitas xícaras de chá.
Lembro-me que tomávamos sopas de legumes que eu ajudava a preparar, e íamos ao shopping juntos para assistir um filme e passear... Meus outonos, minhas lembranças, são sempre carregadas de forte presença da minha linda mãe... É minha grande amiga e maior companheira.
Meus outonos sempre foram as temporadas de maiores preguiças e belezas, dias de conforto, dias de filosofia. Me lembro das folhas coloridas caídas aos quatro cantos, do barulho do seu arrastar nas pedras do chão e do percurso de sua queda no ar.
As piscinas eram geladas, alguns dias escurecidos, outros de sol claro e sem calor, mas as vontades e sensações sempre me foram mais afloradas.
Ah! É um tempo bom para mim, o outono.
Temporada das saudades.
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