sexta-feira, maio 02, 2014

"DE OUTRO PLANETA, EM POLOS OPOSTOS"



Acho que hoje EU deixei de me sentir um alienígena, apesar de já ter procurado conhecer tantas pessoas antes. Não posso começar a contar sobre isso com "ás vezes a gente conhece", ou "ás vezes a gente pensa", porque ate então eu não tinha provado disso antes ainda, não com essa intensidade e nem com essa propriedade.

Um dia na minha vida, me disseram que eu amava com liberdade. A liberdade de amar uma pessoa mais do que o meu próprio sentimento de amor, de me lembrar que amar não é posse, é uma HONRA. Eu sempre entendi que isso era importante, mas talvez eu conseguisse isso com tanta facilidade porque a minha linguagem do coração nunca tinha encontrado um par com segura reciprocidade para me "segurar". Por isso é que começo relatando que me senti presenteado.

Presenteado por entender que mesmo com intensidade de sentimentos, com um provável par nesta linguagem, é possível ainda manter o amor intacto, sem me ferir. Que é possível conhecer, entender, respeitar e mesmo assim aquietar o peito em saber que ás vezes, não vou ter. Não ter para mim, o que não impede de que a beleza do simples fato disto e deste alguém existir, não agregue um valor absoluto e belíssimo para o mundo.


Enxergo as coisas com gentileza. Me adapto com as feridas, aprendo com elas, mas aprendo junto a contornar os espinhos, viro a página. Me tornei uma pessoa melhor do que já fui, graças ás adversidades que cada nova pessoa trouxe à minha vida. Dos floreiros aos borrões, cada uma delas, em cada pequena parcela de situações, me deram a possibilidade de iluminar aquele canto escuro em que talvez tenham me colocado. Aprendi com elas que existe as mais importantes das capacidades para me fazer seguro e controlar meu "eu": RACIOCINAR, ENTENDER, ACEITAR.

A verdade nunca é injusta. Pode até magoar, mas não deixa feridas.

Amar, talvez seja maior mesmo do que nosso próprio ser. Talvez seja muito mais dotado de razão do que simplesmente ser entregue para sua natureza: a Emoção. Eu só sei, que aprendi a aceitar que não sei de nada.

Aprendi a admirar o que conheço, sinto e aceitei, a amar suas faces, arestas e vértices, mesmo que não seja para mim, mesmo que a admiração e conhecimento não venham acompanhadas da posse.


Resumo hoje, "amor" além do que somente na palavra que a expressa. Resumo hoje, o amor com FÉ.


Obrigado, belíssima, por ouvir. Essa é a mais sincera e discreta declaração que posso lhe fazer para reiterar que SEMPRE...Vou acreditar em você.

E que nem todas as pessoas são hostis. 


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