quarta-feira, dezembro 22, 2010

"AH OS SABORES"




Sucessão de idéias, de pensamentos, de lembranças.
No momento, escrevo com o netbook da velinha no colo assistindo ao lado do meu pai sobre a história da aviação mundial, tomando vinho e comendo linguiça caseira.
O texto a seguir, tem a ver com a sucessão de lembranças que tenho ao me deliciar com o vinho e nossas artes culinárias caseiras; O vinho português, comprado em um exceleete restaurante especializado em bacalhoada á la portuguesa de Limeira, faz jus ao seu sabor ao lado da linguiça que fizemos ontem a noite (meu pai e eu) maestralmente em casa, temperando-o com noz-moscada, canela, pimenta calabresa, salsa e cebolinha, um composto caseiro de tempero inimaginavelmente gostoso e simples (segredo de família), aji-no-moto com carne de puro pernil suíno acompanhado com uma receita de molho de pimenta incrementado que aprendi em Salvador no ano passado.
Comendo este simples tira gosto, comecei a me lembrar de uma infinidade de detalhes sobre eu mesmo, meu pai e meu avô. Sobre o maior ascendente, desde sempre ouço minha mãe e ele próprio dizer que comeria até "sopa de pedra", sabendo disso que é um homem de aguçados sentidos culinários. Os mesmo que tão prazeirosamente herdei... Quanto ao meu pai, é um homem de paladar aguçado e de estômago previsível mas extremamente exigente... é preciso que exista carinho e temperos postos com sabedoria para agradá-lo.
Sou um consenso equilibrado entre ambos... Amo experimentar sabores e alquimizar temperos em pratos incrementados e variados... Me felicito em perceber a satisfação de minhas "cobaias" ao experimentar meus temperos, estes que nunca se repetem. Em seguida aos fatos, comecei a me lembrar de uma única vez em que junto ao meu fabuloso pai, experimentamos um almoço reba, em um lugar reba, mas que o tempero e a situação o fizeram ser o mais marcante e agradável almoço que já tive na minha vida, apenas meu pai e eu.
Fomos até São Carlos em meus tempos de vestibular para fazer a matrícula na FADISC - Sâo Carlos (minha opção segura, o "estepe") e beirando o horário de almoço, decidimos almoçar em um restaurante alguns quilômetros atrás do campo da UFSCAR, um restaurante de esquina extremamente simples que nos serviu o prato do dia, frango ensopado, arroz e salada.
Foi fabuloso aquele momento, apenas meu pai e eu, almoçando em um simples e duvidoso restaurante que servia uma saborosa refeição... Foi uma sucessão de lembranças e um grande desejo realizado. Explico:


Lembrei de minha mãe falando sobre o meu avô, e ele mesmo reforçando a idéia de que quando mais "reba" o lugar, mais saborosa seria a refeição. Lembrei-me também de meu pai dizendo com tom cômico de que lugares que servem saborosas refeições têm estes sabor pelos "micróbios" presentes na mesma, que não temos em casa. Quanto ao desejo?!
Ora, estávamos meu pai e eu, um homem e um jovem, o herói e o admirador, almoçando juntos num restaurante, correndo o risco de sofrer de uma tremenda diarréia, mas encarando com prazer o momento e a refeição.
Foi um fato que me marcou muito, tanto quanto o de comermos ostras em uma barraca de praia meu avô, minha bisavó e eu (Itanhaém) uns anos atrás, o que de fato resultou em diarréias (hahaha!), mas que nunca nos impediu, nenhum de nós a nos limitarmos a não provar um delicioso sabor, mesmo que duvidoso.
É como resumo o espetacular prazer de comer, de saborear qualquer alimento, seja ele caseiro, de um fast-food, de um caro restaurante ou de uma barraquinha nojenta da esquina. São sabores únicos, marcantes, absolutamente singulares tanto quanto as pessoas que os produzem.


Ah, o sabor! 


:D

terça-feira, dezembro 21, 2010

"EPÍLOGO"






Só existem dois dias pelo qual você não pode fazer nada hoje para ser mais feliz: O ontem e o amanhã.
A vida nos marca de tantos acontecimentos, fatos e acasos que por mais que tenhamos planejado meticulosamente o que queremos que aconteça, existe ainda uma parcela, mesmo que mínima para que eles fujam do planejado. Nós desejamos um lado e uma verdade para nossas vidas todos os dias, maneiras de alimentar nosso ego, de ajudar pessoas, de salvar almas.
Os anos são sempre ciclos de renovação, oportunidades para que possamos rebobinar a fita, respirar fundo e começar tudo novo, de novo. Nós somos peças de nós mesmos, movidos incessante e constantemente no jogo da vida pelas escolhas que fazemos, peas atitudes que tomamos, ou melhor, como diriam os poetas da Engenheiros do Hawaii: "Somos quem podemos ser" - O que queremos.
O tempo é rei dos nossos acontecimentos, é o "rio" que faz fluir harmonicamente o fato individual com a aventura de toda uma vida. É por intermédio dele que acumulamos sabedorias e virtudes para que sejamos notáveis em existência, o glorioso tempo.
Hoje, desejo para todos que as ações que temos escolha de fazer, nos tragam progresso e felicidades para ambos os dias, ambos os tempos... O ontem (A lição), o hoje (O acúmulo) e o amanhã.(A aplicação). 
Desejo que se faça o progresso pelo bem, que o tempo seja fiel aos propósitos e desejos de todas as pessoas e para aqueles que amo, que tenho laços e vínculos, sejam eles presentes ou ausentes, que estejamos resolvidos ou realmente separados... Que para todos vocês, o amanhã seja da mais absoluta paz, da mais bela felicidade e da mais espetacular prosperidade para os sonhos de todos vocês.


Um feliz natal a todos e como sabiamente (e sutilmente) escreveu o Mestre Bianco:

"NÃO SE ESQUEÇA DO ANIVERSARIANTE".


Que vire o ano então! Novas aventuras, novos amores.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Ana Carolina - Encostar na Tua



Encostar Na Tua
(Ana Carolina)




Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino
Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já era o que eu queria achar
Quando você chamar meu nome
Eu que também não sei aonde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua (2x)

E saiba que forte eu sei chegar
Mesmo se eu perder o rumo, êê
E saiba que forte eu sei chegar
Se for preciso eu sumo

Eu só quero saber em qual rua
A minha vida vai encostar na tua..

segunda-feira, dezembro 13, 2010

"EGOcentrismo"







Massageando o Ego... É assim que tenho visto muitas pessoas vivendo ao meu redor. Claro que não me excluo deste meio, mas como dizem, é mais fácil apontar os erros dos que nos cercam do que enxergar a ponta do próprio nariz não é?

Pois bem, é enxergando ao redor que a gente aprende, percebe a necessidade urgente de se fazer uma auto-critica muito grande para tentar ao máximo filtrar os momentos em que massageamos apenas o nosso ego, alimentamos os nossos mais pessoais desejos. Somos um bando de pessoas mimadas. 

Mimadas pelos nossos pais (criação), companheiros (afetivo), amigos (paga-paus), trabalho e faculdade (puxa-sacos), em todos os meios, em todos os momentos. Claro que não existe unanimidade. Somos humanos e que perfeição existiria se não fôssemos ofensivos quando nosso ego não fosse atingido?

Tem os que nos massageiam, tem os que querem nos ferir... Somos todos assim uns com os outros. Nós temos parado de deixar para trás a condição de "centro do mundo" enquanto crescemos, estamos ainda, muitos de nós, vinculados á ideia de que somos o centro do universo e que injustiça o é, quando algo foge da nossa vontade.  Deixamos as responsabilidades para os outros, não temos tomado os choques necessários para entender de que deva existir um equilíbrio entre responsabilidade e conquista ou, temos tomado sim, mas somos amortecidos por aqueles que nos massageiam o ego. 

Ás vezes é mais fácil perdurar o problema e o sofrimento, desde que continue existindo aquele (a) que massageia o ego, que nos dá força, apoio, colo, ombro, mas que é a fonte, o início, o meio e o fim do próprio problema.

É uma característica da personalidade que abrange a ignorância e a teimosia. Dá pra ver o quanto cresce, na internet, pela cultura do povo, pela ignorância do cidadão, em todos os meios... As pessoas tem a tendência de se atacar intimamente, acreditando que é absolutamente ofensivo receber qualquer tipo de crítica mesmo que seja dos seus mais próximos e que esta seja construtiva. 

Não existe auto-critica e a humildade de perceber que somos apenas aprendizes em todas as direções, está morrendo.

Somos a consequência da vaidade, pessoas que preferem  fechar os olhos evirar a cabeça para não olhar, do que tomar conhecimento e tentar resolver encarando o problema. 
Somos o que estamos fazendo com nós mesmos, limitação, vaidade, ignorância.


Todo e puramente EGO.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

"HABILIDADE & DEVER"




Acredito que aqueles que tem a habilidade para fazer algo, tem o dever de fazê-lo.

Você se acha uma pessoa de plena bondade emocional? Você dá brechas para que as pessoas conheçam facilmente o íntimo da sua mente, corpo e coração?
Bom, hoje me de conta de que realmente sou assim. Confesso que não sou um poço de bondade e nem um pouco ingênuo... Inclusive em uma infinidade enorme de situações eu já me comportei como um canalha mas, o meu maior dom, é amar.
Dou as brechas pois não tenho pudores, medos ou bloqueios para confessar “amor” a algumas pessoas que não tenham vínculo sanguíneo comigo... Já o fiz para mais de uma pessoa e em vários momentos, por toda a minha vida. 
Essa é a habilidade que me foi passada com sabedoria pelos meus pais, é o fruto que me alimenta, que me sustenta os nós na garganta, frios na barriga e emoções explosivas, é que me enriquece de boas lembranças e experiências... O amor, em qualquer região, em qualquer lingua.
O momento mais difícil é o da despedida. Não o deixar de amar alguém, mas o de renunciar á ele, mesmo que ainda exista o amor... Aquela hora de dar um passo, seguir em frente. Esta dolorosa despedida deixa cicatrizes e grandes mágoas se não for meticulosamente projetada com sabedoria. Amar é um jogo complexo que deve ser apostado diariamente, mas ao mesmo tempo, é tão simples como um breve suspiro. É dotado de fantásticas estratégias que resultam em frutos adocicados e azedos.



O AMOR verdadeiro é emocionante, inconstante, pavoroso... É difícil nos lembrar do primeiro momento que tivemos com as pessoas pelas quais cultivamos amor, tempos depois de conhecê-las. É vagaroso o tempo para sentir a grandeza do sentimento e ainda mais penoso em se ter a coragem e certeza de confessá-lo, pois, ao fazê-lo, você denuncia todas as suas brechas, lacunas e fraquezas. Você entrega algo mais do que apenas o coração e o desejo... Entrega sua alma, plenamente.

Isso é claro, para aqueles que amam intensamente. O doce amor de compactualidade, doação, igualdade, fidelidade, carinho e respeito, aquele amor nobre que tem se perdido pelo nosso meio, pelos mais jovens e inexperientes, banalizado, escrachado e jogado aos ventos sem bases ou fundamentos.

 É heresia usar a palavra "amor" sem sentir plenamente, pois, esta banalização do "confesso", assassina o momento crucial para um casal que se ama. O da divina verdade que estoura no peito e esbanja graciosas belezas, o primeiro de todos os “eu te amo”, aquele mágico momento que poucos têm se acostumado a provar intensamente hoje.
Eu venho me frustrando com o tempo ao ver com pesar que tantas pessoas vem sofrendo em silêncio com seus próprios dilemas, com pessoas tão insignificantes e vazias que abdicam de revelar segredos e sentimentos com medo de resultarem em azar no jogo do amor. Os jogadores são limitados, pobres jovens que parecem não entender a vulgaridade de confundir desejo e sexo com amor e paixão.
As verdadeiras são avassaladoras e constantes, nos tomam de todo e por completo a cada momento, em cada olhar, com conforto e tranqüilidade de existirem, nos eximindo de medos, choros ou desesperos. Quem ama e é amado, quem se apaixona e é correspondido não sofre de dúvidas ou medos pelo que está passando. É seguro e pleno de si e do outro, mesmo que sejamos humanos e demonstremos nossos medos e falhas. É o que enxergo ser a divindade do que existe de mais puro em amar, a constância e inconstância do ser humano apto a "falhar" mas que entende que o perdão existe e deve ser equilibrado pela verdadeira constância do absoluto amor.
Este é o que resulta nos doces frutos... O verdadeiro, o sentimento certeiro, o amor de "Eros" (rs).

Desejo de todo o coração que cedo ou tarde todos possam entender a fundo o valor enorme que existe no amor, que amadureçam em suas mentes e pretensões para que não sofram e não façam sofrer... Desejo que todos os que precisem saber, possam olhar-se no espelho com olhos críticos e visão expandida para fazer uma auto-critica muito profunda e se perguntarem se o sentimento que têm e supre realmente:


"É SAUDÁVEL PARA MIM?"


O amor, a doação, a compactualidade, o respeito, carinho, dedicação, ombro, ouvidos e colo amigos (aquele da pessoa em quem você mais confia)  devem ser cultivados diariamente e, se realmente existir o amor, que seja este também dotado do mais alto perdão, mas, somente se houver respeito e amor próprio.
São as pessoas que conhecem e dominam este fato, as mais admiráveis e felizes viventes entre nós. Sábias pessoas que vem me demonstrando em seus conselhos e palavras de que são o tipo de pessoa que buscarei ser em toda minha vida. Humildes doadores de si mesmos, modelos, ícones.

Pensem nisso!

;)



BÔNUS: