"A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimônio ou adoção".
(Wikipédia)
"Família é o conjunto de pessoas esquisitas que tiveram a infelicidade de compartilharem o mesmo sangue e, por coincidência, morar embaixo do mesmo teto, acima do mesmo solo, e ao lado da mesma parede".
(Desciclopédia)
Nós não escolhemos a família á qual vamos integrar e nem temos autonomia para não ser parte dela com o decorrer do tempo. Há quem fuja, negue ou renuncie à sua família mas, além do DNA, carregamos sempre mais do que pensamos de nossas famílias. Carregamos conosco, a sua essência. Agregamos em nossa personalidade com o decorrer do tempo, o melhor e o pior de cada um dos indivíduos da nossa família. Acredito que em boa parte, uma grande parcela de nós não é de apenas um indivíduo e sim de todos, simultaneamente.
Quanto mais o tempo passa, mais eu me acho parecido em personalidade e linha de pensamento com meu pai ou meu avô, talvez seja exatamente porque para mim eles são pilares e fonte de sabedoria e inspiração. Mas, esse é apenas um dos lados, é o lado que eu escolhi. Talvez tenhamos constantes desavenças com nossos familiares mais próximos, por uma infinidade de razões que ás vezes até nos fogem do controle e do entendimento, mas, que é fato: Elas existem.
Talvez sejam coisas aparentes e odiosas para nós (por exemplo aquela tão batida história do filho que apanha dos pais alcoólatras e não espera pela hora de fugir de casa; ou coisas pequenas que conseguimos conviver, mas que nos incomodam, como as manias mais chatas), mas entrando novamente na linha de pensamento dos textos:
"SEM MUDANÇA":
Como disse MARIO QUINTANA no poema CERTEZAS:
"E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo."
Minha visão deste maravilhoso poema, do qual tomo fortes bases, é a de aceitação.
Não porque devamos aceitar as pessoas, pensamentos, atos e escolhas, mas que as aceitemos de ALMA.
É fato que todos nós temos uma infinidade de defeitos, que nos portamos de diferentes maneiras em diferentes situações, mas parei para me perguntar hoje... Eu estou respeitando?
Nem sempre respeitamos as pessoas e suas escolhas, ou os problemas que estão sofrendo, mas isso não quer dizer que nestes momentos deixamos de admirá-las ou amá-las na tamanha intensidade da qual o fazemos.
Somos humanos e faz parte da nossa natureza o EGOÍSMO (veja a raíz da palavra em "PLANETA EGO" na perspectiva de minha irmã -http://tksverymusha.blogspot.com/2008/01/planeta-ego.html
do qual praticamos diariamente e sem medidas.
É aí que está... Chegamos em um ponto em que não estamos mais respeitando a individualidade e queremos tudo para nós e para agora, mas o queremos, pela carência que estamos sofrendo em nosso íntimo.
Esquecemos a compreensão e a paciência que devem vir junto com o respeito... Nos fechamos em nossos problemas mas não analizamos os dos outros, queremos, apenas.
Não espero que ninguem mude, e não o peço, pois a jóia de cada um de nós é única e minha admiração é infinita... Mas temos o dever de nos ADAPTAR, ao novo e ao próximo, para nos poupar a todos de sofrimentos e novos problemas, para que as afinidades e os parâmetros se encaixem."
A teoria da panela de pressão, como disse minha irmã por esses dias, é algo bem usado entre as famílias e rodas de amigos em Londres (Santo Stuart!).
É quando criamos um atrito tão grande por coisas feitas e faladas entre duas pessoas, que criamos uma "pressão" que só tende a aumentar com o tempo, se não resolvermos falar logo o que nos chateou. O problema é chegar ao ponto de resolvermos não falar mais, simplesmente aceitar o problema, ou pior, fazer de conta que nunca existiu.
As coisas que não são faladas, podem não vir á tona, mas sempre vão estar aumentando nos nossos subconscientes a pressão dessa panela de amigos ou família.
É bom evitá-la, antes que exploda!
Somos uma reunião de indivíduos que mesmo advindos da mesma "fonte", temos livre arbítrio de escolhas e temos nossas próprias consciências decorrente dos acontecimentos da nossa vida, do tempo e de nossas escolhas. Não devemos nos deixar tomar pelo Ego e devemos SIM entrar em um acordo sobre os problemas. As coisas devem ser faladas e resolvidas, ao contrário do que muitos pensam deixando tudo sub-entendido. Não falar e não resolver os nossos problemas de imediato, nos traz um Karma crescente do mesmo problema que englobam outros e que sempre na situação de família, parece um tipo de perseguição ou crítica constante com nossos consanguíneos.
Não sei se todos eles sabem, mas família para mim é o ápice da divindade, é a maior ligação divina que jamais terei contato e preservo a cada um deles, aquém das brigas e diferenças correntes, com toda a minha garra, com todo o meu amor.
"E que mesmo em algumas horas eu tenha vontade de matá-los, eu mataria por eles, á qualquer hora".
Nenhum comentário:
Postar um comentário