domingo, novembro 22, 2009

"DIVINDADE"



Santo Orkut, o canal da socialização da nossa geração. Por acaso “fuçar” no Orkut alheio ás vezes nos traz benefícios. Lembro-me quando a vi com aquele vestido prateado na capa do álbum e na foto do perfil, uma festa a fantasia.

Acho que foi imediato que nossa ligação se fez e nos tomou. Trocamos palavras, confissões, desejos, loucuras, atos e contratos e decidimos então que estava na hora de nos encontrar. Sou um cara que sempre teve olhos aquém apenas das belezas físicas, que me interesso por algo superior, interno e poderoso, a forma, a alma, os pensamentos. Nossa ligação então se fez, não só como algo físico, nem frágil, mas forte, antes mesmo dos olhares e corpos se cruzarem. Fez-se nas palavras e pensamentos e se concretizou de vez no primeiro encontro. 
Lembro-me que a pressa era tanta que você nem se preocupou em tirar a chave do contato da moto pra me dar o primeiro abraço apertado. A primeira conversa sob o abajur vermelho do meu quarto... Intensa, profunda. 

Sempre estivemos juntos, mesmo que separados ou com outras pessoas.

A ligação sempre existiu, mesmo que não fôssemos “eu e você”.  Nos encontros e momentos, com narguilé e beijos intensos, nas festas, na árvore, no toque, sempre fomos uma só mente. A luz sempre nos ajuda, clima é propício, o fogo incontrolável, mas é o desejo nos dá os melhores momentos. Não precisávamos de pressa, não queríamos só o ato, não planejamos ou pedimos, nem sequer falamos, pois, nossas palavras, são sempre trocadas no interior, pelo olhar, na pele, no Chakra. As estrelas e nuvens de ontem consumaram a melhor noite de amor que já tive em minha vida, a surpresa e imprevisibilidade fizeram com que as escolhas de hoje ecoassem no futuro com uma intensidade incontrolável de desejos e deliciosas lembranças. Até mesmo as musicas são as mesmas, falamos por elas, pelos nossos poetas, pela nossa emoção. 
A complexidade da sua presença me faz loucuras, minha Diva, as confissões e sinceridades nos trazem mesmo nos momentos mais simples, a divindade momentânea dos nossos orgasmos físicos e mentais e as fazem ser, toda vez e cada vez mais, a mais fantástica ligação divina que já provei.


Que seja sempre, como o momento da dança no meio da rua e que se lembre, que "Eu preciso dizer que te AMO, tanto!".


K.

sábado, novembro 21, 2009

"PÉ NA ESTRADA"


Diferentes camas, quartos, casas, ruas, cidades... Meus endereços são múltiplos, minhas casas diferentes. Tenho a certeza e segurança, a organização, limpeza, tenho a casa da família. Tenho a nossa República que ás vezes é "lixão", mas qual seria a graça se ela não tivesse personalidade?


Com o pé na estrada, eu tô sempre distante num ritmo frenético e inconstante, sem horários, com sono ou cansaço, sempre com muita ansiedade. Mas é filosofando enquanto percorro quilômetros de distância que me esclareço, mesmo que ainda um pouco dividido entre esses dois mundos, essas duas realidades tão intimamente diferentes. Vejo gente exótica, personalidades singulares, acontecimentos marcantes e principalmente, belezas; Poucas vezes me peguei contando para alguém, mas não teve uma única vez em que estava saindo da cidade de Franca de ônibus durante esse ano de 2009 que eu não tenha visto um Tucano voar baixo sobre o ônibus.


Aprendo muito nessa longa viagem de ida e volta! Vejo que a vida é uma questão de respeito e solidariedade... Brigas por lugar com gente que entra procurando seu numero e fica impassível se já está ocupado, surdos ou mudos trabalhando ou pedindo esmola, conversas altas, conversas tolas, gente sem noção, funkeiros sem fone de ouvido, crianças irritadas, gente interessante e curiosa e de vez em quando até um boa companhia. Policiais que pegam carona, “carteiradas” de autoridades e, eventualmente, uma checagem policial com direito á levar algum mané com um sacolão suspeito pra passear. São nestes quilômetros de viagem que me esclareço... Penso em cada escolha, em cada hora dedicada ou perdida, no que fazer e no que apostar.


Penso e me lembro, vejo onde estou e com os que pensam, vejo que estou ainda indo mais longe. Pena que vocês, meus amigos, não puderam me acompanhar nessa jornada, as palhaçadas teriam mais graça, as viagens menos seriedade e sono... Mas estou lá não só por mim, estou vivendo também por vocês nessa longa estrada, nessa divertida jornada, acompanhado pelos pensamentos e lembranças da adolescência virtuosa que tivemos, de todos aqueles bons momentos esperando essa fase que já chegou e que me espanta, pela velocidade com que está indo embora.


Pelo meu parceiro, que tá aqui, mas na mente ta sempre lá."
Fanti-biba.

:)

segunda-feira, novembro 16, 2009

"TEQUILADA!"



Imaginem só juntar o êxtase de algumas paixões e sentir todas ao mesmo tempo?!

Devo dizer que para uma mente hedonista como a minha, é algo supremo!

Para mim, o lugar, momento, a atividade e as companhias, são peças-chave para tornar uma noite espetacular. Fizemos uma “Tequilada”, nesta última quarta feira... Este foi o momento.

Devo admitir que sou perdidamente apaixonado por algumas coisas e que me inundo de prazeres em ver seus resultados: Cozinhar, por exemplo, é a atividade de que vos falo e, especialmente, cozinhar para quem se gosta. Meus amigos e amores, as "companhias".

Fizemos lulas temperadas com azeite, shoyu, tomilho e lima da pérsia, além de um excelente pedaço de atum que se tornou um memorável sashimi. O lugar, apropriado, foi a casa do meu "potinho de loló" Hahaha! 

Agora aos fatos:
Amigos são indescritíveis, pessoas das quais nos sentimos em ter perto de nós, que trazem conforto para abrimos nossas mentes e corações, fonte de divertimentos, farras e traquinagem, por suas palavras sinceras, olhares silenciosos, os sorrisos e suas intensidades. Obrigado, por estarem presentes.



Agora, as consequências que foram multiplicadas para estes deliciosos fatos graças às duas garrafas de tequila e alguns poucos limões, Ha!

Isso sim, são histórias para serem contadas e nostalgias para serem lembradas! Agora me pergunto... Depois de comer tanto, pra que foi que saímos a noite pra comer no MC Donald's (que aliás tem se mostrado nossos palcos quase diários das mais fantásticas "bobeiras bobocas abestadas" noturnas)?! – #O que a Foda?

Pentelhar o atendendo do DriveThru pedindo pra ele fazer desconto? (Manolos, não tem preço!). Não é preciso explicar, essa é a graça, não é preciso pensar ou nos aprofundar para saber ou entender, não tem “porquês”. Simplesmente fazemos isso basta. Quem estava lá sabe, quem viveu se lembra, quem leu, vai se identificar e saber que está pra sempre na mente, corpo alma e coração deste que vos escreve.

Para essas lindas mulheres que tenho hoje como amigas-irmãs, os meus amores, as minhas divas. E àquele bando de pilantras que eu tenho que aturar, mas fazer o que, amor não se escolhe não é?


segunda-feira, novembro 09, 2009

"NO MEU RITMO"




É a minha batida, minhas escolhas, no meu ritmo, na minha raça... Mas quem sou eu sem todos vocês?

Ser apenas uma parcela do todo constante da minha vida não me faz sozinho ser um completo, pois, por mais vezes que eu ouça ser admitido perto de mim ao longo da vida, ninguém é nada sozinho. Somos educados por nossos pais, que formam nossas bases... Formamos com o passar dos anos nosso caráter pelo que aprendemos e vivemos em casa, com nossos irmãos, nas brigas e sabedoria trocadas e, especialmente, fora de casa com nossos amigos.

Nestes últimos dois anos, depois de tantas novidades, eu sinceramente acreditava que tinha vivido quase que todo o tipo de experiência que me era possível ter vivenciado. Não me enganei por completo, pois de fato fiz e vivenciei coisas que para muitos ainda são surreais, mas, tenho revivido experiências fantásticas, tomando uma mova visão e um novo gosto por suas belezas. Estou fazendo excelentes amigos aqui que me trazem orgulho por compartilharmos esta nova fase... Pessoas de ideais e valores que acreditam e me fazem acreditar no progresso, com determinação para fazer de sonhos realidade, com garra e atitude. Vislumbro daqui há alguns anos um futuro que me explode o peito. esperando pelas novas proezas que estão por vir, festas á armar, escolhas a fazer e principalmente, amizades a preservar.

Uma fase de união, palhaçadas e gargalhadas a cada instante, noites sem dormir, uma passadinha no domingo a noite no cinema pra tirar um “sarrão” do filme (Assistam Bastardos Inglórios do Tarantino) e parar no Drive Thru do McDonald's para jogar jargão do filme com sete pessoas no carro completamente esmagados?!

É pra contar pros netos com uma pontada de nostalgia!

Vejo-me, desde alguns dias atrás, em uma posição extremamente privilegiada, com meu ritmo respeitado, pois agora, mais do que nunca, sei que não sou uma peça individual, deslocada desse conjunto e sim, mais uma das que fazem desta liga de irmandade um todo espetacular.
Este é pelas rizadas e Supremos prazeres que vivemos nestes últimos três dias... Transcendental!

Não tem preço, nenhum de vocês.

quinta-feira, novembro 05, 2009

"MEDO DE ESCOLHER"



É chato como ás vezes as decepções nos perseguem não é?

É tão ruim depender do "acaso" ou do "tempo" para decidir nossos destinos e escolhas, mas é ruim apenas porque este tempo necessário para o "acaso" acontecer, apenas tem fundamento se as escolhas e acontecimentos dependem de uma outra pessoa. Isso acontece muito nos relacionamentos... 


Tomo como exemplo a história da minha família. Vou citá-las:




Meus avós paternos foram pessoas muito simples, "da roça" e que se viam apenas algumas vezes durante o fim de semana ou algumas noites com jantares de família marcados. Meu avô atravessava um longo pasto enlameado trajando seu terno branco, para poder ver a minha avó por algumas poucas horas, e voltava tarde da noite pelo mesmo pasto para casa. Ele não se importava de enlamear o impecável terno branco para ir encontrar minha avó por pouco tempo.



Meus avós maternos, já tiveram uma história ainda mais interessante... Eles moravam com suas famílias em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo (na região de Franca).  Meu avô mudou-se sozinho para São Paulo com 20 anos para cursar Direito na PUC, ainda namorando minha avó. Passaram dois anos separados por uma tremenda distância, mas no fim deste período, casaram-se (o que fez meu avô concluir o curso na privilegiada Faculdade de Direito de Franca, a mesma do autor que vos fala!), mas não se abalaram nem por um momento pela distância. 


Meus pais, enfrentaram inúmeros obstáculos e desencontros em menos de um ano de namoro, não tinham aceitação das famílias. Meu pai estava preso ao serviço militar (e no serviço militar literalmente, porque fugiu uma noite pra sair com minha mãe) e tantas outras coisas que qualquer pessoa não aguentaria, mas estão juntos até hoje com um relacionamento sólido, passando assim por um ano decisivo para seu futuro. 



Amor, doação e VONTADE meus caros leitores, são coisas que nem sempre podemos esperar de nossos parceiros. É uma pena, mas infelizmente, dependemos do acaso para saber e nos certificar de que nossos parceiros darão o sangue por nos amar e esperar, tanto quanto damos por eles... É um tipo de segurança e vontade que deve ser mútua e constante, ou senão o relacionamento certamente vai ruir. O problema é que há quem se esqueça de que o tempo e o acaso são traiçoeiros... Há quem tenha medo de decidir, de "mudar" e escolher, deixando as portas se fecharem e as pessoas passarem.  Podemos nos certificar hoje de que nossas escolhas foram certas, ou de que nossa fase corrente é a mais segura e satisfatória para nossa mente e sentimentos... Mas, até onde vai durar essa segurança e até que ponto a decepção pode não bater? Muitas vezes fazemos escolhas seguras no dia de hoje, pois estamos certificados de que não podemos "perder tempo" ou esperar mais do que gostaríamos mas, e aí? 


Até onde sabemos o curso da vida, até onde vamos nos certificar de que não abdicamos de uma coisa íntegra e segura por um tipo de medo que nos persegue hoje, e que vai ser infundado no futuro quando cairmos em razão?

Até onde podemos ter certeza de que não deixamos escapar um AMOR verdadeiro?!


Particularmente eu não desistiria de um amor pelo "medo do futuro"... Particularmente, eu não me entregaria á satisfação do hoje para me esquivar de cobranças e medos, porque não sinto segurança suficiente para me arriscar pelo que vêm, ou pelos problemas que tenho.  Eu teria me entregado de corpo, alma e coração por essa escolha, mesmo que parecesse insegura, mesmo que houvesse distância, porque sei que dentro de mim que a segurança e a escolha sempre foram plenas e que eu nunca me abalei por nenhum tipo de dúvida ou medo.



Só torço, sinceramente para que não existam arrependimentos e futuras cobranças...

Para que uma vida vivida dentro de uma concha de proteção dos "medos" do futuro não me deixe de aproveitar essa vida que vivo, que o tempo não passe e eu me pegue lá na frente pensando:


"ONDE FOI QUE EU ERREI e porque errei tanto?"


Para que os inseguros abrem os olhos, para que reflitam para si mesmos:

"Em quem eu me tornei? E do que estou abdicando?"